De 2012 a 2021, o número de pessoas em situação de extrema pobreza na Grande Vitória, que abrange os municípios de Vitória, Vila Velha, Cariacica, Serra, Viana, Guarapari e Fundão, aumentou de 33,5 mil para uma média de 137 mil. A quantia corresponde a 6,8% da população em 2021 e a 1,9% em 2012.
A Grande Vitória perde, nesse quesito, levando-se em consideração os dados do ano passado, para as regiões metropolitanas de Recife (13%), Salvador (12,2%), Manaus (11,1%), João Pessoa (10,7%), São Luís (10,1%), Natal e Maceió (8,7%), Belém (8,5%), Aracaju (8,4%), Macapá (7,6%), Rio de Janeiro (7,3%) e Teresina (7%).
O quadro é revelado no Boletim Desigualdade nas Metrópoles, pesquisa feita pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC/RS), pelo Observatório das Metrópoles e pela Red de Observatorios de la Deuda Social en América Latina desde sus Universidades Católicas.
O mesmo estudo aponta ainda que o número de pessoas em situação de pobreza em 2021 totaliza cerca de 503 mil, ou seja, 244 mil a mais que em 2012, quando a quantidade de pessoas que se encaixavam nesse grupo era de 259 mil. Com base nos dados de 2021, o percentual de pessoas nessa condição é de 24,8%, fazendo com que a Grande Vitória perca somente para as regiões metropolitanas de Manaus (41,8%), São Luís (40,1%), Recife (39,7%), Salvador (39,4%), João Pessoa (39,2%), Macapá (38,3%), Aracajú (38%), Maceió (36,8%), Belém (36%), Teresina (34,5%), Fortaleza (31,8%) e Natal (31%).
O estudo também mostra o Coeficiente de Gini de cada uma das regiões metropolitanas. Ele mede o grau de distribuição de rendimentos entre os indivíduos de uma população, variando de zero a um. Zero significa completa igualdade, ou seja, todos com os mesmos rendimentos. Um mostra completa desigualdade, portanto, uma pessoa com toda a renda. Conforme consta na pesquisa, na Grande Vitória, a desigualdade aumentou, pois o Coeficiente de Gini saltou de 0,494 em 2012 para 0,540 em 2021.
A média de rendimentos desceu de R$ 1,6 mil em 2012 para R$ 1,5 mil em 2021. Já a média de rendimentos dos 40% mais pobres diminuiu de R$ 520,70 em 2012 para R$ 389,50 no ano passado.
Além das regiões metropolitanas, a pesquisa apresenta dados gerais que apontam que, entre 2020 e 2021, os dois primeiros anos da pandemia da Covid-19, mais de 3,8 milhões de residentes nas metrópoles brasileiras entraram em situação de pobreza. Assim, o conjunto das metrópoles passou a ter 19,8 milhões de pessoas nessa condição.
As pessoas em pobreza extrema no conjunto das regiões metropolitana são de 5,3 milhões, sendo que 3,1 milhões delas entraram nessa classificação nos últimos sete anos, 1,6 milhão somente em 2021