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Duelo do Senado

Rose aposta em ex-prefeitas nas suplências, enquanto Magno vai de empresário e militar mobilizado em frente unificada contra Casagrande

Leonardo Sá

Após muitas especulações e conversas de bastidores, principalmente no campo de Rose de Freitas (MDB), estão formalizadas as vagas de suplentes nas eleições ao Senado deste ano, no último dia para registros no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), nesta segunda-feira (15). Já há algum tempo investindo para se consolidar com um nome em defesa da participação feminina na política, e sem admitir perder também o título de “madrinha dos municípios”, Rose apostou em duas mulheres conhecidas do mercado: a ex-deputada estadual e ex-prefeita de Viana Solange Lube, há mais tempo afastada de mandatos eletivos, e a ex-prefeita de Guaçuí Vera Costa, que deixou o cargo em 2020. Desta forma, ela tentará se manter na única cadeira em disputa este ano, caminhando ao lado do governador Renato Casagrande (PSB) e da candidatura presidenciável de Lula. Do lado da principal oposição, representante do bolsonarismo no Estado, palanque formado com Carlos Manato (PL) ao Palácio Anchieta, está o ex-senador Magno Malta (PL), que não fugiu do óbvio da área da extrema direita: o primeiro suplente é um empresário, Abraão Veloso, e o segundo o Tenente Emerson (PTB), presidente da Associação dos Bombeiros Militares do Espírito Santo (ABMES), entidade integrante da frente unificada que está em rota de colisão com Casagrande desde o início da atual gestão. Magno aposta todas as fichas para retornar ao seu antigo cargo, depois de uma derrota de reviravolta em 2018 e que deixou rastros, ficando na planície e sem ministério no governo federal. A relação com o presidente Jair Bolsonaro (PL) foi restaurada tempos depois, e é com a imagem dele que Magno espera chegar lá. A disputa do ex-senador com Rose, duas lideranças antigas e que não brincam em serviço, será um duelo, com muito para render. Alguém duvida?

‘Novidade’
No mais, completando o cenário, são mais sete nomes. No esforço de se apresentar como “novidade”: o presidente da Assembleia Legislativa Erick Musso (Republicanos), que não se viabilizou para o governo, não apoiará ninguém, fechando parceria com o deputado federal Felipe Rigoni (União), e ainda os partidos PSC e Patriota. Erick registrou chapa ao Senado com Edimar Hermógenes e Bruna Raphaela, os dois do Republicanos.

‘Novidade’ II
Ao lado do candidato Audifax Barcelos (Federação Rede-Psol), está, oficialmente, o pastor Nelson Júnior (Avante), que também se apresenta como o “novo”. Os suplentes são Marcel Carone, empresário e presidente estadual da legenda, e o também empresário Romeu Taumaturgo Rocha Junior.

Informal
Outro candidato, porém, diz que caminhará com ele, de forma informal: Idalecio Carone Filho (Agir), pai de Marcel Carone, com os correligionários Cezar Assreuy e Luciano Xerox.

Chapas únicas
O quadro tem ainda Filipe Skiter, candidatura casada com o Capitão Sousa (PSTU) ao governo, e seus suplentes Cosme Firmino e Atila Ibilê, do mesmo partido, e o candidato do PRTB, Antonio Bungenstab, com Ceumar e Socorro nas suplências, além de Claudio Paiva ao governo. O DC vai de Coronel Lugato, com Fernando Meier e Carla da Excursão. 


Já dito…
Tem ainda a candidatura de Gilbertinho Campos, do Psol, apresentada como “coletiva” com a primeira suplente, Rafaella Machado, e Wilson Junior, como segundo suplente. Rafaella, que é professora e ganhou projeção após sofrer ataques do vereador de Vitória Gilvan da Federal (PL), seria candidata à Câmara.

Extremos
Na disputa ao governo, registro os partidos aliados e a lista de bens declarados. O empresário Arildemo Teixeira se manteve no topo, com R$ 29,8 milhões, e repete ainda uma eleição apenas com o Novo. No outro extremo, está o Capitão Sousa, com nenhum bem declarado, e também apenas com seu partido, o PSTU.

Não andou
Já Manato não conseguiu ampliar seu leque de alianças, ficando mesmo somente com o PTB. O ex-deputado federal declarou R$ 10,2 milhões em bens e lançou o nome da coligação como “ES de todos os capixabas”.

Lá e cá
As chapas de Casagrande e de Audifax contam com a presença do Pros na coligação, resultado de reviravoltas no comando do partido, vindo por cima, pela Nacional. A legenda, que é pequena no Estado, ficou mesmo com Audifax, da Federação Rede-Psol, junto ainda com o Solidariedade e Avante, na chapa denominada “Compromisso com a Vida”. O ex-prefeito informou R$ 1,57 milhão em bens.

Frente ampla
Casagrande, por sua vez, manteve a maior aliança, dentro do seu projeto de “frente ampla”, sem abalos com a saída do Pros. Além do PSB e das Federações PT-PCdoB e PV e PSDB-Cidadania, reúne o MDB, PP, Podemos e PDT. Este ano, ele lançou a frase “Juntos por um ES mais forte”.

Ruídos
Por falar em Manato, a Associação dos Subtenentes Sargentos da Polícia Militar e Bombeiros Militares do ES (Asses) enviou email para a coluna negando que tenha assinado a carta em apoio ao candidato. A entidade diz, inclusive, que sequer tem conhecimento do documento. Está aí, então, uma questão para resolver com o próprio Manato…

Ruídos II
A carta, só para deixar claro, foi divulgada pela assessoria do candidato, assinada ainda por outras oito instituições, a maioria ligada à Segurança Pública, área de votos do palanque bolsonarista no Estado.

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