Início oficial da campanha eleitoral mantém Contarato atento ao palanque de Lula e distante de Casagrande
O senador Fabiano Contarato (PT), cortado da disputa ao governo do Estado em prol da aliança com o PSB, do governador Renato Casagrande, tanto na véspera quanto no início da campanha eleitoral, nesta terça-feira (16), mantém seu foco exclusivo no palanque de Lula. Nas redes sociais, ele tem feito convocações: “Vamos ocupar as redes e as ruas” e “hoje começamos uma jornada pela reconstrução do nosso país”, listando a meta de organizar caminhadas, carreatas e atos em apoio ao ex-presidente. Mesmo com a largada oficial, ele mantém, portanto, a postura de não emitir qualquer sinal de que irá desfilar e pedir votos para a reeleição de Casagrande, que formalizou, “aos trancos e barrancos”, a aliança com o PT, gerando insatisfações e reações da militância. Contarato, vale sempre lembrar, pontuava nas pesquisas na segunda posição, atrás de Casagrande e ao lado de Carlos Manato (PL), candidato bolsonarista de oposição. Mesmo afastamento do senador envolve outros petistas com mandato e candidatos à reeleição, como o deputado federal Helder Salomão e a estadual Iriny Lopes. O grupo do ex-prefeito de Vitória, João Coser, pelo contrário, já circula sorridente com o governador, o que também é motivo de choque interno. Como vai acabar, até 2 de outubro, esse casamento firmado na delegacia, é o que veremos…
Mistureba
Há outras questões em jogo nesse imbróglio eleitoral: a tal frente ampla de Casagrande envolve partidos que apoiam a reeleição de Jair Bolsonaro (PL), o que cria contradições para lideranças e a própria base do PT. A outra incógnita é como será a atuação do governador, de fato, na campanha de Lula, que não seja apenas declarar voto, como tem ocorrido até agora.
A primeira vez que levantei a pergunta de como seria a atuação de Contarato na campanha de Casagrande foi no dia 12 de julho. Desde então, nada andou. E se há esforços do governador nesse sentido, o que se espera – o senador foi o mais votado em 2018 e pontuava nas pesquisas – ainda não lograram êxito.
O registro da candidatura ao governo de Guerino Zanon (PSD), aos 45 minutos do segundo tempo, nessa segunda-feira (15), foi um caos. Fizeram uma confusão danada no sistema do Tribunal Superior Eleitoral (TSE)! Para além da apresentação de certidão criminal negativa do filho (como pode, gente?), relatado pelo meu colega, Roberto Junquilho, o nome da coligação ficou “Neivaldo Bragato”, e Guerino aparece como se disputasse a reeleição.
Caos II
Figura conhecida do mercado político, por cargos ocupados e ligações estreitas com o ex-governador Paulo Hartung (sem partido), o nome de Neivaldo Bragato surgiu porque é ele, como se sabe, o presidente estadual do PSD, partido responsável por registrar a candidatura e, agora, fazer as devidas correções. A própósito, o plano de governo de Guerino também não consta no sistema.
Só piora
A maioria dos deputados da Assembleia Legislativa segue dando péssimo exemplo à população, devido a interesses pessoais e eleitorais. A sessão dessa segunda-feira (15) terminou ainda mais cedo: às 15h50. Aí, nesta terça…
Só piora II
…logo no início, às 15h, já foi um sacrifício para fechar o quórum e manter a sessão. Os nomes ficaram registrados no painel, mas muitos não estavam em plenário. E nada de votação, mais uma vez!
Só piora III
Sergio Majeski (PSDB) criticou o lenga-lenga, que impede a análise de vetos, e lamentou que o presidente, Erick Musso (Republicanos), também não compareça mais à Assembleia, além de pontuar: vamos ficar assim a eleição inteira! Hércules Silveira (Patri) fez coro, como de costume. É o que também tenho dito aqui na coluna, há semanas!
Todo mundo
Dos 30 deputados estaduais, 22 disputam a reeleição este ano, sete a Câmara Federal, e um o Senado, este último, exatamente Erick Musso que já falei aqui também: quando aparece, é rápido, às segundas-feiras.
Todo mundo II
Os que tentarão subir para o campo de deputado federal são: Rafael Favatto (Patri), Freitas (PSB), Luciano Machado (PSB), Marcos Garcia (PP), Renzo Vasconcelos (PSC), Majeski (PSDB) e Torino Marques (PTB).
Todo mundo III
No páreo para ficar na Assembleia, estão: Adilson Espindula (PDT), Alexandre Xambinho (PSC), Bruno Lamas (PSB), Capitão Assumção (PL), Carlos Von (DC), Alexandre Quintino (PDT), Dary Pagung (PSB), Danilo Bahiense (PL), Hércules Silveira (Patri), Emílio Mameri (PSDB), José Esmeraldo (PDT), Gandini (Cidadania), Hudson Leal (Republicanos), Iriny Lopes (PT), Janete de Sá (PSB), Luiz Durão (PDT), Marcelo Santos (Pode), Marcos Madureira (PP), Marcos Mansur (PSDB), Raquel Lessa (PP), Theodorico Ferraço (PP) e Vandinho Leite (PSDB).
Nas redes
“O programa do atual presidente registrado no TSE erra o nome do Sistema Único de Saúde e o chama de: ‘Sistema Nacional Único de Saúde’, ‘coordenado e dirigido pelo Ministério da Saúde’. Não sabem nada, não aprenderam nada e também não querem saber. É o desprezo pela saúde do povo”. Ethel Maciel, epidemiologista e professora da Ufes.
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