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Primeiras munições

As estratégias de campanha de três candidatos ao governo para tentar abater Renato Casagrande

Hélio Filho/Secom

Segunda semana de campanha oficial e uma pesquisa Ipec/Rede Gazeta no meio, com reforço do favoritismo do governador Renato Casagrande (PSB), apesar do ainda expressivo número de indecisos. Quais têm sido, então, as estratégias adotadas pelos três adversários mais conhecidos do pleito, para tentar abater o atual chefe do executivo? O ex-prefeito da Serra Audifax Barcelos (Rede) aderiu, nesse início de semana, ao discurso do revezamento entre Casagrande e Paulo Hartung (sem partido). Em vídeo, ele faz o recorte de 2010 pra cá, dizendo que o governador teve oito anos de mandato e “não resolveu a segurança” e quer “mais quatro anos”. Depois questiona: “Já deu, né”? Outro ponto mais recente de Audifax foca em “200 obras paradas no Estado”. Já o candidato bolsonarista, Carlos Manato (PL), inaugurou um podcast chamado “O Homem do Palácio Abandonado”, com quatro episódios, sempre às segundas, 19h. Voltou a falar da pobreza registrada no Espírito Santo e em “casos de corrupção”, referindo-se ao secretariado da gestão estadual e, em outra via, publicou novo vídeo com o presidente Jair Bolsonaro (PL), para reiterar que é seu palanque legítimo, inserindo no bolo o ex-senador Magno Malta (PL), que integra sua chapa, e o empresário Luciano Hang. Essa marcação, como se sabe, faz frente às investidas do ex-prefeito de Linhares Guerino Zanon (MDB) de ocupar esse espaço. Não à toa, ele já está inserido também na campanha de Manato, com críticas por representar o mesmo projeto de Hartung, o que se estende a Audifax. E Guerino, como tem reagido? Usa termos como “mudança, inovação e gestão de verdade”, sempre exaltando seus mandatos de prefeito; dispara contra o governador, apontando: “quem está no poder não fez nada para mudar essa realidade que vivemos”, somado a anúncios repetidos de apoios de setores evangélicos, como da Igreja Universal do Reino de Deus; e ainda ênfase na pobreza, acusando Casagrande de aumentar o problema, porque “guardou dinheiro para usar em período eleitoral”. Com uma campanha curta este ano, a temperatura eleitoral logo, logo, sobe!

Números
Para lembrar: a pesquisa Ipec/Rede Gazeta, divulgada na semana passada, revelou Casagrande vencendo no primeiro turno, com 52%, na menção estimulada, e 68% de votos válidos. Manato vem em segundo, com 10%; Audifax com 7%; e Guerino, 5%, empatados tecnicamente no segundo lugar.

Números II
Na estimulada, quando são apresentados os nomes dos candidatos, brancos/nulos e “não sabem ou preferem não opinar” somam 22%. Na pesquisa espontânea, que Casagrande se mantém na dianteira com folga, e considerada o melhor termômetro eleitoral, esse índice chega a 54%, abrindo um campo ainda amplo para ser trabalhado pelos adversários.

Com dindim
O governador, até agora, foi o que mais arrecadou grana para a disputa. Já conta com R$ 3, 5 milhões, quase tudo vindo da Nacional do PSB. Já Audifax tem R$ 85 mil, também da legenda, e Guerino R$ 65 mil, vindos dele mesmo, enquanto Arildemo Teixeira (Novo), R$ 20 mil, igualmente de recursos próprios.

Sem dindim
Os demais nomes, Manato, Capitão Sousa (PSTU) e Cláudio Paiva (PRTB) ainda estão sem recursos em caixa.

Na beira do ‘milhão’
A propósito, que o deputado federal Felipe Rigoni (União) teria muito dinheiro para gastar no pleito, não era novidade. Mas o negócio andou rápido. Ele recebeu ao todo R$ 960 mil, sendo R$ 700 mil da nacional do seu partido; mais R$ 100 mil do ex-presidente do Banco Central, Armínio Fraga; outros R$ 100 mil de Jose Salim Malta Junior, que foi secretário de Jair Bolsonaro e fundou a Localiza; e R$ 60 mil do também empresário Marcos Alberto Lederman.

Tirou do bolso
Os demais integrantes da chapa do União Brasil à Câmara Federal ainda estão à míngua, a maioria sem verba. Somente Dr. Gustavo Peixoto tem uma quantia alta, R$ 200 mil, de origem própria.

Destaque
Eleito coordenador da microrregião capixaba da Articulação dos Povos Indígenas do Nordeste, Minas Gerais e Espírito Santo (Apoinme), Paulo Tupinikim, de Aracruz, é o favorito para a disputa do coordenador-geral, que ocorre em novembro.

ONU
A previsão é de que ele fique mais quatro anos à frente da entidade, que acaba de receber convite da Organização das Nações Unidas (ONU) para concorrer a um assento em seu conselho dedicado aos povos indígenas. “É uma honra e um privilégio para nós, uma oportunidade de dar mais visibilidade à nossa luta”, avalia. 

Nas redes
“Visitei nesta tarde o arcebispo emérito de Vitória, Dom Luiz Mancilha Vilela. Uma alegria testemunhar sua fé, lucidez e carisma. Seguimos unidos em orações pela sua pronta recuperação”. Governador Renato Casagrande, sobre internação em UTI do religioso.

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