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Estado tem 41 casos confirmados de monkeypox e número deve dobrar

Sobre Covid-19, Nésio Fernandes alerta que 1 milhão de pessoas ainda estão com a D3 em atraso

O Espírito Santo pode chegar em breve a mais de 80 casos confirmados da varíola dos macacos ou monkeypox. A informação é do secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes, divulgada em coletiva de imprensa nesta terça-feira (6). 

“O Espírito Santo tem 41 casos confirmados e caminhamos para a tendência de dobrar os números, com a liberação dos resultados pendentes por parte do governo federal, dos testes enviados à Fiocruz [Fundação Oswaldo Cruz]”, acrescentou.

Em função da prolongada situação de atraso, a realização dos testes deve ser descentralizada no país. “A expectativa é de descentralização dos testes em todo o Brasil na primeira quinzena de setembro”, informou. 

Sobre a vacinação, ainda não há previsão de quando começará. A decisão, salientou Nésio Fernandes, é exclusivamente do governo federal e ainda não foi acenada uma data. 

Quinta onda 

Em relação à Covid-19, a Sesa entende que a quinta onda da doença no Estado ocorreu entre maio e agosto. No período, 4% da população foi diagnosticada com infecção pelo SARS-CoV-2, totalizando 166,2 mil casos, sendo 152 mil concentrados em dois meses, de junho e julho, comportamento que só ocorreu uma outra única vez desde o início da pandemia. As demais ondas, salientou Nésio, tiveram comportamento de curvas mais achatadas e prolongadas. 

Ainda nesta quinta onda, a Sesa registrou 1,49 mil internações na rede pública, seja em hospitais próprios ou contratualizados, além de 376 óbitos. Também foram aplicadas 931 mil doses de vacinas. 

Em agosto, sublinhou, já houve dias sem óbitos no Espírito Santo e, no último final de semana, o primeiro de setembro, ocorreram os dois primeiros dias consecutivos sem óbitos nem casos suspeitos ou confirmados. “É possível que, ao longo desse semestre, o Estado possa apresentar dias sem notificações de casos confirmados ou com muitos poucos por dia”, projetou. 

Nos últimos dois anos, lembrou, o mês de dezembro foi marcado por um comportamento de crescimento da curva de casos de doenças respiratórias, havendo predomínio de Covid-19 em 2020 e de Covid-19 e Influenza em 2021. “Não havendo novas variantes que apresentem escape vacinal para casos graves e a cobertura vacinal seja ampliada, é possível que o país comece ter uma tendência consolidada da queda de internação e óbitos”.

Atraso vacinal

O secretário ressaltou, no entanto, que apesar da queda sustentada de internações e óbitos, confirmando o fim da quinta onda da doença no Estado em agosto, a pandemia não acabou, sendo necessário ampliar a vacinação e manter a rotina de testes diante de sintomas gripais, mesmo que leves. 

“É necessário que o Espírito Santo compreenda que a pandemia não acabou, na perspectiva que o vírus ainda circula e tirou a vida de mais de 370 pessoas nesses últimos quatro meses”, afirmou, trazendo ainda os dados do Brasil. “Ainda é desafio para o país o controle da pandemia. Estamos com uma média de óbitos superior a 100 óbitos por dia em todo o território nacional”. 

A vacinação capixaba ainda está atrasada em 49% da população adulta. Mais de um milhão de pessoas estão com a terceira dose em atraso e aproximadamente 689 mil com a D4 (segundo reforço). 

“O comportamento das internações e óbitos da população adulta de 18 a 59 anos com a terceira dose em atraso é significativamente maior do que os que estão com esquema vacinal atualizado. As vacinas são seguras e eficazes no combate à Covid-19, e ainda são a principal estratégia de enfrentamento da pandemia”, salientou Nésio Fernandes, enfatizando a necessidade de completar o esquema vacinal também das crianças. 

Sobre a testagem, orientou que, “diante de qualquer sintoma, procure o serviço de saúde para realizar o teste”, pois “não é possível diferenciar, somente do ponto de vista clínico, uma infecção pelo SARS-CoV-2 de outras síndromes gripais. A testagem é a principal medida para isolar os casos e impedir a transmissão do vírus”.

O secretário informou ainda que o uso do medicamento Baricitinibe, para tratamento de Covid-19, tem sido feito no Estado há um mês, com distribuição para as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e hospitais, sendo que os municípios de Serra, Guarapari, Vila Velha e Cariacica solicitaram mais medicamentos.

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