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Jogada verde-amarela

Com vice na Praça do Papa e vídeo de campanha dos atos, Guerino também tenta capitalizar com o Sete de Setembro

Reprodução/Redes sociais

Estratégia eleitoral do bolsonarismo em todo o País e, portanto, repetida no Espírito Santo pela campanha do ex-deputado federal Carlos Manato (PL), o Sete de Setembro, como esperado, também foi explorado pelo palanque de Guerino Zanon (PSD), em vídeos distribuídos nas redes e a presença do vice na Praça do Papa, destino final do ato realizado nessa quarta-feira, que repetiu o mesmo trajeto de sempre: a travessia da Terceira Ponte de Vila Velha para Vitória. Marcus Magalhães (PSD), em tom empolgado, exaltou de lá da praça, mas afastado do “grosso” do público, que “é isso que queremos: paz, família, fé, agro forte e verde amarelo”, enquanto Guerino aparece nas redes sociais vestido de amarelo, em um compilado de imagens que juntam a região da Terceira Ponte, apertos de mão e adesivaço mostrando foto de Jair Bolsonaro. A jogada segue uma investida feita por Guerino desde o início do processo eleitoral, de colar seu nome ao presidente e disparar contra a esquerda e Lula, que assimila ao governador Renato Casagrande (PSB). Por semanas, isso gerou ruídos com Manato, que para garantir o título de única candidatura de Bolsonaro, precisou gravar vídeo com ele e repetir, aos quatro cantos, que não tinha nenhum outro palanque no Estado ligado ao presidente. Há poucos dias, para tentar frear Casagrande, os dois fizeram um movimento em conjunto, quando receberam apoio do Fórum Evangélico Nacional de Ação Social e Política (Fenasp), umas das principais entidades da área, e anunciaram uma aliança no segundo turno. Por enquanto, porém, “é cada um por si”, e dividir esse palco, só mesmo assim: à distância.

Discurso
Na publicação de Guerino, teve ainda: “Foi um dia emocionante! Os brasileiros foram às ruas comemorar os 200 anos da independência do Brasil e apoiar o nosso presidente Jair Bolsonaro, deixando uma clara mensagem de que não querem voltar ao passado desastroso. Querem seguir em frente, com um projeto que representa um novo Brasil. E o Espírito Santo não vai ficar de fora dessa mudança”…

Discurso II
….e mais: “com certeza, a esquerda está com os dias contados no Palácio Anchieta. É hora de um projeto de direita no estado. Uma direita responsável, que valoriza os princípios cristãos, a família, a Pátria e a liberdade. Juntos, com gestão de verdade, vamos transformar o nosso ES!”. Qualquer semelhança com a cartilha bolsonarista, não é mera coincidência!

Aposta da vez
Manato também aproveitou o Sete de Setembro para lançar seu slogan “eu acredito”, que vende como a “virada de jogo” na disputa. O ex-deputado cresceu um pouco nas pesquisas, mas ainda segue bem atrás de Casagrande. Além de Vila Velha e Vitória, ele participou de atos nessa quarta-feira em Cachoeiro de Itapemirim, sul do Estado, em todos, com papel de protagonista.

Estratégia eleitoral
A propósito, a data, como não poderia deixar de ser, teve a presença de quase todos os candidatos ao governo nos estados que representam o palanque de Bolsonaro. De 25 nomes mapeados pelo jornal O Globo, 23 foram às ruas. Os únicos que sequer citaram a Independência foram Wilson Lima (União), no Amazonas, e Ronaldo Dimas, que concorre ao governo do Tocantins pelo partido do presidente.

Protocolar
E Casagrande? O governador, como se sabe, participou do desfile oficial da Independência no Centro de Vitória, retomado após dois anos, mas que não teve viés eleitoral. O que chamou atenção, mesmo…

Cadê o prefeito?
…foi a ausência de Lorenzo Pazolini (Republicanos), que faz oposição ao governador. Atitude que não condiz com o cargo, mas nem de longe, surpreende.

Ai, ai…
A situação até lembra, só que com algumas diferenças, o período em que o ex-governador Paulo Hartung (sem partido) tirou o desfile oficial da Capital, para não dar holofote ao ex-prefeito Luciano Rezende (Cidadania), seu então adversário.

‘Liberdade’
Já o ex-prefeito da Serra, Audifax Barcelos (Rede), aproveitou a data para postar um vídeo, mostrando a bandeira do Brasil, e defendendo a “liberdade” e “independência” dos capixabas, usando como enredo a questão da Segurança Pública, área que tem explorado constantemente em sua campanha eleitoral.

Nas redes
“(…) No lugar do reconhecimento e da valorização das expressões culturais produzidas na nossa cidade, a gestão de Pazolini apresentou neste ano uma programação comemorativa que exclui essa diversidade e privilegia uma única denominação religiosa. Obviamente, em uma cidade onde a cultura grita por reconhecimento, a crítica foi imediata e a Prefeitura obrigada a alterar a programação inicial”. Vereadora Camila Valadão, do Psol.

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