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Trio federal

Depois da rasteira ao Senado e das mágoas políticas, Coronel Ramalho fica do mesmo tamanho que Gilson Daniel e Dr. Victor na chapa do Podemos

Secom/Ales/Redes Sociais

As mágoas políticas decorrentes do processo eleitoral até as definições das candidaturas deste ano, que renderam ao ex-secretário de Estado de Segurança Coronel Ramalho uma rasteira na disputa ao Senado, já quase no fim dos prazos, em prol da candidatura à reeleição de Rose de Freitas (MDB), não devem registrar novos capítulos no caminho até 2 de outubro. É que, depois de relutar, mas acabar concordando em descer para a disputa à Câmara dos Deputados, Ramalho, até agora, se mantém no mesmo tamanho do ex-prefeito de Viana e presidente estadual do partido, Gilson Daniel, a aposta principal, junto ainda com o vice-prefeito de Vila Velha, Dr. Victor Linhalis, incensado em comício na noite dessa segunda-feira (12). Os três receberam praticamente o mesmo investimento da Nacional, R$ 1,41 milhão, com um “tico” a menos ainda para Gilson. Dos 11 integrantes da chapa, disputa que é o foco da sigla, são os únicos acima da casa do milhão e que concentram as possibilidades de o partido chegar a Brasília. Só tem mais um detalhe: nas previsões de mercado, com essa trinca, uma vaga estaria garantida – o cotado é Gilson -, com chance de fechar mais uma. A terceira, já seria demais! Quem vai sobrar?

Trio federal II
Lembrete: a 20 dias das eleições, pode vir mais dinheiro e mudar o quadro. Mas, pela lógica, faz sentido os três permanecerem emparelhados, já que um tem que empurrar o outro na chapa, para abrir mais cadeira. Na eleição deste ano, o quociente eleitoral para a Câmara é próximo de 200 mil votos no Estado.

Todas as fichas
Dr. Victor Linhalis é o nome do prefeito Arnaldinho Borgo (Pode), que investe pesado nele! O vice acabou de assumir um cargo, em 2021, e já busca voos mais altos. O resultado, veremos!

Planos e planos
Já Gilson Daniel vem pavimentando essa candidatura desde o ano passado, ainda na estrutura do governo do Estado, com todas as condições, o que inclusive incomodou aliados de Renato Casagrande. Por outro lado, ele também explorou o campo de Viana, onde elegeu seu apadrinhado político, Wanderson Bueno, do mesmo partido.

Bandeira
Coronel Ramalho, por sua vez, vende o discurso de único com experiência em Segurança Pública, tema muito abordado em eleições, pelos problemas crônicos e apelo popular. Ele usa o slogan típico da área, “Pra cima deles”, e exalta que é a favor de medidas como “endurecer a lei penal; acabar com a saidinha; e reduzir a maioridade penal para 15 anos”.

Enfim…
Na noite dessa segunda, comício no reduto de Arnaldinho contou com a presença de Casagrande e da senadora Rose de Freitas. Após as mágoas citadas acima, com o Podemos sem candidato ao Senado e também fora das negociações da suplência, foi selado, enfim, o apoio de Arnaldinho a Rose.

Enfim II…
Dos prefeitos do amplo arco de aliança do governador e da região metropolitana, Arnaldinho era o único que ainda resistia em pedir votos para a senadora. Agora foi!

Mais verba
Entre os demais nomes da chapa de federal do Podemos, receberam R$ 500 mil da Nacional, o ex-prefeito de Aracruz (norte do Estado) Jones Cavaglieri; o ex-PSB Gedson Merízio, de Guarapari; e Sabrina Leonel. Na sequência vem Bras Zagotto é Bom, com R$ 400 mil; Tia Nilma Guêz, com R$ 330 mil; Leticia Peterli, com R$ 200 mil; Andrea Souza, com R$ 100 mil; e Marquinhos Assad, com apenas R$ 6,6 mil.

Casão, presente!
Interessante, nos cofres do partido aliado, a presença de doações do governador Renato Casagrande. Nenhum valor muito alto, mas pingou para Bras Zagotto é Bom, com R$ 6 mil; Leticia Peterlini, R$ 3,6 mil; Marquinhos Assad e Tia Nilma, R$ 3,1 mil; e Gilson Daniel, R$ 2,1 mil.

Nas redes
(…) A Prefeitura de Vitória, aquela que não apoia eventos ideológicos, pagou 50 mil reais para um DJ evangélico e 70 mil reais para uma banda gospel. O evento não estaria propagando uma ideologia? A cristã, no caso. Não temos nada contra o cristianismo e as religiões cristãs. A questão é sobre uma administração que contemple todos os públicos da cidade. Tá ficando muito difícil para Pazolini negar a LGBTfobia institucional (…)”. Associação Gold, sobre a programação do aniversário da Capital.

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