Organizadores pretendem causar impacto semelhante aos atos “Lula Livre”, realizados quando o ex-presidente estava preso
O nome do ato, que ocorre também em diversas cidades brasileiras, mesmo fora da época de Carnaval, é uma referência à vitória de Lula no primeiro turno, como está na pesquisa do Ipec divulgada nessa segunda-feira (19), cujos números marcam 52% dos votos válidos para Lula. Está prevista a participação de foliões de vários blocos, entre eles o Afrokizomba, Coisa de Negres, Esquerda Festiva, Maluco Beleza, Luta de Classes e Puta Bloco. A convocação também foi feita nesse domingo (18), quando o Regional da Nair e o Afrokizomba realizaram o “samba pela democracia” no Centro.
“Carnaval é irreverência, sátira, inovação e revolução, é política. Estas eleições não são iguais àquelas que passaram, pois dela depende se a democracia vai prevalecer, é a luta do amor contra o ódio. É uma eleição plebiscitária: ou Lula ou o genocida”, afirma o advogado e militante Francisco Celso Calmon, um dos organizadores da manifestação em Vitória.
Fundador do bloco Luta de Classes, ele entende que “não cabe omissão, não cabe deixar pra lá, porque está na mão de todos os brasileiros apertar o 13 e trazer a paz social e política ao seio do povo o quanto antes. Nós, integrantes e foliões do carnaval de rua de Vitória, temos a obrigação cívica de colocar nossos corpos na rua ‘prakabá’ no primeiro turno”.
Além de Vitória, as cidades onde a manifestação está confirmada são Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Olinda, Salvador, Campinas, Distrito Federal, Valinhos, São José dos Campos, Santo André, Embu das Artes, Piracicaba, Ouro Preto, Porto Alegre e Belém.
Os organizadores em nível nacional pretendem, por meio desses desfiles simbólicos, realizar panfletagens em locais de circulação popular ou regiões em que os blocos desfilam, “para criar mais caldo na onda que vai eleger o Lula no 1º turno, articulado com divulgação online envolvendo redes dos blocos”.