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​Enfermeiros da rede privada podem deflagrar greve na próxima terça-feira

Valeska Fernandes aponta que é grande a possibilidade de a categoria aprovar a greve em assembleia nesta sexta

Lucas S.Costa/Ales

Os enfermeiros da rede privada de saúde se reunirão em assembleia nesta sexta-feira (30), para discutir a possibilidade de deflagração de greve na próxima terça (4). Eles estão em negociação sobre a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) e não aceitam a proposta do Sindicato dos Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Espírito Santo (Sindhes). A presidente do Sindicato dos Enfermeiros do Espírito Santo (Sindienfermeiros), Valeska Fernandes, aponta que é grande a possibilidade de a categoria aprovar a deflagração do movimento.

O Sindhes, durante as negociações, afirmou que se o Supremo Tribunal Federal (STF) não julgar o piso inconstitucional, irá retirar direitos já conquistados pelos trabalhadores, como plano de saúde, auxílio creche e seguro de vida, o que é questionado por eles.

Além disso, explica Valeska, a carga horária máxima da Enfermagem é de 44h semanais e os patrões querem pagar o piso somente para quem cumpre essa carga horária. Quem cumprir uma menor, receberá um valor proporcional. Entretanto, no entendimento do sindicato que representa a categoria, piso é o mínimo que se deve pagar ao trabalhador, não podendo haver remuneração de valor inferior.

A presidente do Sindienfermeiros explica ainda que, para os trabalhadores que têm carga horária mensal de 220h, o Sindhes quer estipular uma escala de 12 x 36, ou seja, trabalhar um dia e folgar dois. Atualmente, a escala é de 12 x 60, assim, o enfermeiro trabalha um dia e folga dois.

Os patrões querem ainda que seus funcionários não tenham mais de um vínculo empregatício. “Aí os enfermeiros vão ganhar menos. Acham que com o piso a gente não vai precisar trabalhar em mais de um lugar, mas é um piso que não chega a R$ 5 mil”, diz Valeska.

A dirigente sindical acredita que a greve é inevitável. “Greve de enfermeiros é diferente de greve de motorista de ônibus, por exemplo. Se não tem ônibus, muitos dão um jeito, o patrão mandar buscar de carro, mas em se tratando de greve de enfermeiros, a pessoa não deixa de ficar doente. A categoria não gosta de fazer greve, a gente não quer a descontinuidade do tratamento de ninguém, mas é a forma de a gente negociar sem perder direitos”, enfatiza.

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