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​Em disputa acirrada, Magno Malta garante seu retorno ao Senado

Um dos principais representantes do bolsonarismo no Estado, ex-senador obteve 41,86% dos votos válidos 

A partir de 2023, Magno Malta (PL) irá retornar a Brasília. Com quase 100% das urnas apuradas, ele obteve 41,86% dos votos válidos para a única vaga ao Senado, deixando para trás, em uma disputa acirrada, a atual senadora Rose de Freitas (MDB), com 38,22%. A vitória no Estado é mais uma da registrada no País, numa nova “onda Bolsonaro” na Casa.

Durante toda a campanha eleitoral, a disputa ficou entre esses dois candidatos. A vitória de Magno contraria a pesquisa Ipec/Rede Gazeta divulgada nesse sábado (1), que mostrou crescimento da emedebista, com 44% dos votos válidos, enquanto Magno aparecia com 37%.

O terceiro lugar confirma o crescimento do presidente da Assembleia Legislativa, Erick Musso (Republicanos), com 17,29% dos votos, mas ainda distante de uma eleição.

O percentual de indecisos durante boa parte da campanha foi expressivo, chegando a 70%. Os candidatos também apareceram empatados tecnicamente em alguns momentos, como na pesquisa Ipec divulgada em dois de setembro, com 27% cada um.

Com a derrota de Rose de Freitas, o MDB sai ainda mais enfraquecido, pois não conseguiu eleger seu único quadro relevante no Espírito Santo atualmente. Esvaziada após inúmeros conflitos internos, a sigla não formou chapa para federal e construiu uma sem expressão para a Assembleia Legislativa em nome da aliança da candidata com Casagrande, que, contrariando as previsões, vai disputar o segundo turno com o bolsonarista Carlos Manato (PL). 

Rose de Freitas era tida como a única candidata que podia desbancar Magno Malta. Diante da grande rejeição dele, muitos eleitores optaram por votar na atual senadora, concretizando o chamado “voto útil”, apesar do apoio a projetos considerados impopulares, como a Reforma Trabalhista, de 2017, e a Reforma da Previdência, 2019.
A “conquista” dessa fatia do eleitorado foi impulsionada também pelo fato de que a candidatura coletiva de Gilbertinho Campos (Psol) e Ella Machado se manteve com índice percentual bem abaixo dos dois dígitos durante toda a campanha e o PT não lançou candidatura própria ao Senado.

Magno Malta, que já foi senador, tentou se reeleger em 2018, perdendo de virada. As duas vagas disponíveis foram ocupadas por Fabiano Contarato (PT), que na época era da Rede, e Marcos do Val (Podemos), que se elegeu pelo Cidadania. 

Em 2018, chegou a circular no mercado que Magno Malta seria candidato a vice-presidente de Jair Bolsonaro (PL). Diante da vitória de Bolsonaro, ele se destacou ao fazer uma oração em agradecimento à vitória do presidente eleito, de quem teve apoio na disputa eleitoral, o que se repetiu em 2022. Com a eleição de Bolsonaro, foi ventilada a possibilidade de Magno Malta assumir um ministério, o que não ocorreu. Os dois passaram um tempo afastados, mas logo retomaram a aliança, construindo o palanque bolsonarista deste ano.

Gilberto Campos e Ella Machado registraram 1,04% de votos. Nelson Júnior (Avante) obteve 0,61%; Coronel Lugato (DC), 0,41%; Filipe Skiter (PSTU), 0,29%, Carone (Agir), 0,17%; e Antonio Bungenstab (PRTB), 0,13%. 

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