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Bancada capixaba da Câmara Federal terá 50% de renovação

Petista Helder Salomão foi o campeão das urnas e garantiu a reeleição, com 120,3 mil votos

Ao contrário do que projetava o mercado nacional, de manutenção da maioria das atuais cadeiras na Câmara Federal, o Espírito Santo registrou 50% de renovação na bancada. Os primeiros lugares repetem o cenário de polarização reproduzida nos estados, com o deputado Helder Salomão (PT) campeão das urnas, alcançando 120,3 mil votos, seguido do vereador de Vitória em primeiro mandato, o bolsonarista Gilvan da Federal (PL), com 87,99 mil, que surpreendeu e desbancou nomes tradicionais da política capixaba.

O PT conseguiu fazer mais uma cadeira, elegendo a presidente estadual da legenda, Jack Rocha, com 51,3 mil votos. Já o lado da extrema direita reelegeu também o deputado Evair de Melo (PP), vice-líder do governo federal na Casa.

A previsão de o PP fazer a maior bancada, também não se confirmou. O partido elegeu a mais somente Da Vitória, com 71,7 mil votos, deixando para trás Norma Ayub (37,9 mil) e Neucimar Fraga (39,5 mil), e ainda o ex-secretário estadual e presidente estadual, Marcus Vicente (29,1 mil).

O Podemos, que pretendia fazer três deputados, confirmou o favoritismo do ex-prefeito de Viana e ex-secretário Gilson Daniel, com 74,2 mil votos, puxando ainda o vice-prefeito de Vila Velha, Victor Linhalis, candidato do prefeito Arnaldinho Borgo, que não mediu esforços para elegê-lo, demonstrando força política. Linhalis foi votado por 53,4 mil capixabas. Já o ex-secretário de Segurança, Coronel Ramalho, depois de um projeto frustrado ao Senado, ficou na suplência, com 33,8 mil.

O deputado federal Amaro Neto, confirmando as previsões, não chegou nem perto de repetir sua votação de 2018, quando foi o líder no Espírito Santo, com 181,1 mil votos. Ele conseguiu se manter na Câmara, mas com apenas 52,3 mil votos. O partido elegeu também Messias Donato, braço direito do prefeito de Cariacica, Euclério Sampaio (União), com 42,6 mil.

O PSB, do governador Renato Casagrande, só conseguiu reeleger Paulo Foletto, com 48,7 mil votos, mantendo uma cadeira na Câmara – em 2018, contava também Felipe Rigoni, que saiu do partido e se filiou ao União Brasil. Ficaram para trás, portanto, a vice-governadora, Jacqueline Moraes (29,8 mil), e os ex-deputados Givaldo Vieira (33,4 mil) e Ted Conti (11,2 mil).

Com os resultados deste domingo (2), a partir de 2023, a distribuição das bancadas partidárias fica idêntica, com duas representações para o PT, PP, Republicanos e Podemos, e ainda mais reduzida de representação feminina. Hoje com três cadeiras – Norma, Lauriete (PSC) e Soraya Manato (PL) –, terá apenas Jack Rocha, que assumirá seu primeiro mandato, depois de disputar, sem êxito, eleições majoritárias no Estado.

Mais derrotas

As urnas foram desfavoráveis ainda para a deputada Lauriete, que era a aposta do PSC. Com uma campanha acima de R$ 2,6 milhões, ele obteve votação muito aquém do esperado e distante do deputado estadual Renzo Vasconcelos, quem deveria “puxar”, que registrou 82,2 mil votos.

O presidente estadual do União, Felipe Rigoni, segundo mais votado em 2018, também não repetiu o desempenho. Ficou com 63,3 mil votos – na eleição passada, obteve 84,4 mil. Era a principal aposta do União, que permanece, assim, esvaziado no Estado.

No campo bolsonarista, ficou para trás a deputada Soraya Manato (PTB), mulher do candidato ao governo, Carlos Manato (PL), que foi para o segundo turno contra Renato Casagrande. Soraya foi votada por 59,9 mil votos.

Eleitos 

Helder Salomão (PT) – 120,3 mil (reeleito)

Gilvan O Federal Da Direita (PL) – 87,9 mil

Evair De Melo (PP) – 75 mil (reeleito)

Gilson Daniel (Podemos) – 74,2 mil

Da Vitória (PP) – 71,7 mil (reeleito)

Dr. Victor (Podemos) – 53,4 mil

Amaro Neto (Republicanos) – 52,3 mil (reeleito)

Jack Rocha (PT) – 51,3 mil

Paulo Foletto (PSB) – 48,7 mil (reeleito)

Messias Donato (Republicanos) – 42,6 mil.

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