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Estado terá representação feminina nos legislativos ainda menor em 2023

Entre as eleitas está Jack Rocha, a primeira negra a ocupar uma vaga na Câmara Federal pelo Estado

O Espírito Santo, que já tem um número de mulheres reduzido nos legislativos, tanto em âmbito estadual quanto federal, sai das eleições 2022 com uma quantidade ainda menor, se somada a representação feminina na Assembleia Legislativa, no Senado e na Câmara dos Deputados. Já no cenário nacional, haverá um número maior de mulheres na Câmara dos Deputados na próxima legislatura e manutenção da quantidade de senadoras. 

Na Câmara dos Deputados, a bancada capixaba conta, hoje, com as deputadas Soraya Manato (PTB), Lauriete (PSC) e Norma Ayub (PP). Nenhuma delas reeleita. A partir do ano que vem, a única a ocupar uma das 10 vagas da bancada será Jack Rocha (PT), que obteve mais de 51 mil votos nesse domingo (2).

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A futura parlamentar é a primeira mulher negra eleita deputada federal pelo Espírito Santo e pode fazer um diferencial nas lutas antirracistas e pelos direitos das mulheres, uma vez que essas são algumas das pautas defendidas por ela, ao contrário das parlamentares atuais, todas bolsonaristas.

No Senado, das três vagas do Espírito Santo, uma era Rose de Freitas (MDB), que não conseguiu se reeleger. A emedebista teve 38,17% dos votos, enquanto seu principal oponente durante toda a campanha eleitoral, Magno Malta (PL), saiu vitorioso com 41,95%.

Na Assembleia Legislativa, o número de mulheres aumentou, com a eleição da vereadora de Vitória Camila Valadão (Psol), a quarta mais votada, com mais de 50 mil votos.

Quando venceu as eleições municipais em 2020, Camila entrou para a história como a primeira negra eleita vereadora na Capital. Em 2022, ela entra para a história mais uma vez, agora, como a mulher mais votada da Assembleia Legislativa. Camila ultrapassou Sueli Vidigal (PDT), que, desde 2002, ocupava o lugar como a mulher mais votada no Estado para deputada estadual, com 36,5 mil votos. As demais mulheres na legislatura de 2023 são as deputadas Iriny Lopes (PT), Janete de Sá (PSB) e Raquel Lessa (Progressistas), todas reeleitas.

Cenário nacional

A bancada feminina na Câmara dos Deputados será composta por 91 mulheres a partir do ano que vem, o que corresponde a 18% das vagas. Em 2018, foram eleitas 77 e a representação feminina hoje é de 15%. Candidatas mulheres foram as mais votadas em nove estados brasileiros: Bia Kicis (PL-DF), Daniela do Waguinho (União-RJ), Caroline de Toni (PL-SC), Natália Bonavides (PT-RN), Yandra de André (União-SE), Silvye Alves (União-GO), Drª Alessandra Haber (MDB-PA), Socorro Neri (PP-AC) e Detinha (PL-MA).

O PL e a federação liderada pelo PT são os partidos com mais mulheres e também as duas maiores bancadas da Câmara dos Deputados. A federação lidera na representação feminina, com 21 deputadas, sendo 17 do PT e três do PCdoB. O PL elegeu 17 deputadas federais. O PSD teve um aumento de 300% no número de mulheres eleitas: de uma representante passará a ter quatro na sua bancada.
A bancada feminina terá, pela primeira vez na história da Câmara dos Deputados, duas deputadas trans: Erika Hilton (Psol-SP) e Duda Salabert (PDT-MG). Duas indígenas foram eleitas. Uma delas é Sônia Guajajara (Psol-SP). A outra, Célia Xakriabá (Psol-MG). 
Para o Senado, foram eleitas somente quatro mulheres: Damares Alves (Republicanos-DF), Professora Dorinha (União-TO), Teresa Leitão (PT-PE) e Tereza Cristina (PP-MS). Das atuais dez titulares, seis mantêm-se no cargo até 2027. Somadas às eleitas, serão 10 senadoras a partir de 2023, o equivalente a 12,3% do total. O número pode se alterar caso o senador Jorginho Mello (PL-SC) seja eleito governador, o que tornaria titular Ivete da Silveira (MDB-SC), sua suplente.

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