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Sem mandatos

Novo grupo político anunciado no Estado, formado por Erick e Rigoni, sai de mãos abanando do pleito. O plano agora é…

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Com uma união firmada em agosto deste ano, após não conseguirem ganhar musculatura para a disputa ao governo, seguida de anúncio de formação de um novo grupo político no Estado, o deputado federal Felipe Rigoni (União) e o presidente da Assembleia Legislativa, Erick Musso (Republicanos), saíram de mãos abanando do pleito desse domingo (2). Com desempenho mais baixo que 2018, Rigoni obteve 63,3 mil votos, mas não garantiu a permanência na Casa pelo seu partido, que disputou com uma chapa pouco expressiva, dirigida por ele mesmo. Nas últimas eleições, Rigoni havia sido o segundo mais votado, com 84,4 mil. Já Erick, comparando com seu resultado numérico em 2018, quando teve uma reeleição sofrível (21,2 mil votos), aumentou seu potencial eleitoral, mas não compatível com uma disputa majoritária. Na campanha deste ano, também chegou a subir nas intenções de votos, mas longe ainda de ameaçar os principais adversários. Erick fechou as urnas com 17,25% da preferência do eleitorado, o equivalente a 337,6 mil. Para uma dupla jovem, que exaltou ter planos políticos para os próximos muitos anos no Espírito Santo, o cenário atual não é favorável e deixa a incógnita no ar: sem mandatos, qual será a construção planejada a partir de 2023, para se manterem em evidência e com peso no mercado? O caminho até as próximas disputas majoritárias e proporcionais é longo, 2026. No meio, terá uma municipal. O que Rigoni e Erick terão de cartas na manga? A conferir!

Mais um
A coligação formada pelo União e Republicanos, em torno da candidatura de Erick, contou também com o Patriota, comandado pelo deputado estadual Rafael Favatto. Detalhe: com 27,9 mil votos, ele também não se elegeu à Câmara Federal.

Sempre rende
Logo após o resultado de domingo, Felipe Rigoni, apesar de deixar o PSB e das críticas ao governo Renato Casagrande, já declarou apoio a ele no segundo turno contra o bolsonarista Carlos Manato (PL). Está aí uma possibilidade de abrigo, em cargo de destaque.

Sempre rende II
Erick Musso nada disse até agora, mas o PSB também tem interesse no apoio do Republicanos, assim como Manato. O que parece mais sólido para o deputado, porém, é a gestão municipal do seu aliado e principal cabo eleitoral, Lorenzo Pazolini, em Vitória.

Nuvens da política
Erick, vale lembrar, saiu da condição de aliado de Casagrande no início de 2021, o que garantiu sua reeleição à presidência da Assembleia, para depois virar a chave e atuar como opositor ferrenho, em tom nada ameno. Ao decidir pela disputa ao Senado, reduziu as investidas, e não fez coro aos adversários do governador. Nunca se sabe, o que pode sair desse campo mais pra frente.

Espaços
No campo da Câmara Federal, dos três partidos do palanque de Erick, apenas o dele garantiu cadeiras. Amaro Neto foi reeleito, em votação muito mais baixa que em 2018, quando foi o campeão – 52,3 mil contra 181,1 mil – e estreia em Brasília o ex-secretário e ex-vereador de Cariacica Messias Donato.

Espaços II
No terreno da Assembleia, o Republicanos garantiu a segunda maior bancada, com quatro deputados. O ex-prefeito de Colatina Sérgio Meneguelli, com uma votação histórica, 138,5 mil, puxou o “bonde”. Hudson Leal foi reeleito e chegam à Casa o ex-vereador de Aracruz Alcântaro e Bispo Alves, os dois últimos com votação baixa, próxima a 15 mil.

Boias de salvação
Os únicos cargos do União serão duas cadeiras no legislativo estadual, do atual vereador de Vitória Denninho Silva, e do Dr. Bruno Resende. O partido, para começar a se estruturar no Estado, precisava, ao menos, da reeleição de Rigoni, o que não aconteceu.

Boias de salvação II
Só para lembrar: resultado da fusão DEM-PSL, o partido abrigava nomes tradicionais¬ da política capixaba, mas todos “debandaram” quando Rigoni assumiu o comando da legenda, no lugar de Ricardo Ferraço (PSDB).

Menos um
Já o Patriota passou a maior parte da legislatura somente com Favatto, mas depois ganhou Dr. Hércules. Voltará a ficar só com um: o vereador da Serra Pablo Muribeca.

Nas redes
“(…) Essa caminhada não termina aqui. Foi apenas mais uma etapa de um jovem de 35 anos que tem a convicção de que renovou suas forças para continuar a fazer política com P maiúsculo (…) Estaremos juntos, novamente, logo ali na frente (…). Erick Musso e parte de seu discurso após o desfecho da eleição.

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