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Médicos lançam manifesto em favor das candidaturas de Lula e Casagrande

Grupos que divulgaram o documento também realizaram ato na Praça dos Namorados, nesta quarta-feira 

Defesa da democracia e respeito à sua institucionalidade; política de inclusão social; direitos trabalhistas iguais; segurança alimentar para todos; contra o desmatamento e em defesa dos povos originários; pelo desarmamento e por uma cultura da paz; defesa do Sistema Único de Saúde (SUS), da ciência e da educação, da liberdade religiosa; contra a intolerância; a favor da transparência; e incentivo à participação popular na esfera pública.

Esses são os 13 pontos do manifesto de médicos capixaba em apoio às candidaturas do ex-presidente Lula (PT) e do governador Renato Casagrande (PSB), que tenta a reeleição. O documento foi lançado durante manifestação nesta quarta-feira (12), que reuniu na Praça dos Namorados, em Vitória, grupos de médicos em um “bandeiraço”, onde houve distribuição de material de campanha. Muitos vestiam a camisa com os dizeres “Lula 13, Casagrande, 40”.

O documento, lançado com a participação do ex-governador Vítor Buaiz, que é médico, destaca o respeito à democracia e às instituições como um valor universal irrenunciável. “Inaceitável, portanto, qualquer iniciativa que atente contra a Constituição Federal e os poderes da República, como o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal”, diz um trecho, acrescentando que a inclusão social favorece a dignidade da pessoa humana.

“A exclusão social afronta a dignidade. Por isso é necessário desenvolver ações para possibilitar a cidadãs e cidadãos oportunidade de acesso a trabalho, renda, lazer, cultura, educação, saúde, entre outros bens e serviços”, afirmam os médicos, que defendem, também, trabalho e direitos trabalhistas iguais.

“Historicamente, o trabalho das mulheres tem remuneração menor que o dos homens. No último trimestre de 2021, as mulheres ganharam 20,50% menos do que os homens. Essa disparidade tem que acabar”, registram, exigindo ainda políticas públicas visando a “segurança alimentar para todos e a garantia de investimentos pela erradicação da pobreza”.

Entre os pontos, destacam-se ainda a defesa dos povos originários e contra o desmatamento. “Reduzir e acabar com o desmatamento nos biomas e proteger os povos originários são uma pauta nacional que transcende nossos interesses e que está ligada à emergência climática mundial”, aponta o manifesto.

E ainda: “Desenvolver uma política de controle e erradicação do desmatamento e de defesa dos povos originários, para além de repercussões no clima mundial, terá forte impacto na economia, especialmente nas relações internacionais. Queremos voltar a ser protagonistas mundiais nas ações em defesa do meio ambiente”.

O desarmamento e por uma cultura da paz também são temas abordados pelo médicos, que criticam o “empobrecimento cultural que banaliza a vida e criminaliza populações vulneráveis. É urgente resgatar os valores de civilidade. Desenvolver no Brasil um amplo desarmamento da população com o estabelecimento de uma política de segurança pública cidadã e de defesa dos direitos humanos”.

Eles entendem que “como todas as questões presentes neste manifesto, a violência de gênero é transversal a todas as políticas. Tem sido potencializada pelo discurso de ódio praticado pelo atual governo. As políticas de educação, saúde, segurança pública, direitos humanos, em especial, devem valorizar iniciativas que atuem contra a violência de gênero”.

Segundo o manifesto, “estão sob forte ataque e tentativa de destruição pelo atual governo, o maior sistema público universal de saúde do mundo – o SUS, o conhecimento que orienta, com método, a compreensão do mundo – a ciência e, o futuro das crianças e jovens pela subtração das possibilidades de se manter o sistema educacional público brasileiro”.

O direito a uma vida digna e a liberdade religiosa também são tratados como pontos essenciais a uma sociedade democrática, como estabelece a Constituição Federal, em seu Artigo 5º, VI, que estabelece: “É inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias”.

Da mesma forma, os médicos se manifestam contra a intolerância, a favor da transparência, e defendem a participação popular na esfera pública. Para os profissionais, é necessário criar “condições e mecanismos de participação da sociedade no futuro governo, incentivando práticas democráticas e sua institucionalização, elementos caros ao fortalecimento e à manutenção da democracia”.

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