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​’É questão de tempo o Marujo ser preso’, garante delegado

Gabriel Monteiro informou ainda que, entre as 16 pessoas apreendidas até agora, há executores e mandantes

O delegado da Polícia Civil (PC) Gabriel Monteiro afirmou, na manhã desta quinta-feira (13), que “é questão de tempo ele ser preso”, referindo-se ao chefe do tráfico do Bairro da Penha, Fernando Moraes Pimenta, mais conhecido como Marujo. O delegado informou que ele tem mandado de prisão e, quando vem ao Espírito Santo, fica pouco tempo. Entretanto, a polícia capixaba se comunica com a do Rio de Janeiro para que seja apreendido. Gabriel Monteiro preferiu não informar se Marujo ainda continua no Estado para não atrapalhar as investigações.

O falecimento de um dos seguranças do chefe do tráfico, ocorrido nessa segunda-feira (10), em um confronto com a Polícia Militar (PM) no bairro Bonfim, em Vitória, teria motivado ataques a seis ônibus nessa terça-feira (11), quando um ônibus foi metralhado na região do Bonfim. Pouco tempo depois, um carro de reportagem da TV Tribuna foi incendiado. À tarde, dois ônibus foram queimados, um em Consolação e outro em Santo Antônio. Depois, um no Parque Moscoso e perto da Praça do Papa, na Enseada do Suá, próximo à subida da Terceira Ponte. Por fim, um à noite, na Rodovia do Contorno, na Serra.

Reprodução

O delegado afirma que foram feitas, até então, 16 prisões. Entre as pessoas apreendidas há executores e mandantes. Porém, conforme afirma Gabriel Monteiro, a polícia está em busca de mais mandantes. “A polícia não vai para matar ninguém, vai para prender, mas está preparada para o confronto e vai revidar na proporcionalidade, pois a polícia é para servir a sociedade e voltar para as suas casas”, diz.

Os suspeitos podem responder por associação ao tráfico de drogas, organização criminosa, incêndio e dano ao patrimônio público, crimes que, somados, podem levar a mais de 30 anos de prisão. Para o delegado, os ataques aos ônibus foram motivados não somente pela morte de um dos seguranças de Marujo, mas também pelas operações que a PM tem feito e que tem resultado na prisão de grandes traficantes. “Os que não estão presos, estão com mandado de prisão, foragidos”, diz.

Em suas redes sociais, nessa terça-feira, o governador Renato Casagrande reforçou que os ataques aos ônibus são uma tentativa de intimidar a PM. O gestor também lamentou o uso dos ataques por lideranças políticas de maneira “leviana”, com “interesse eleitoral”. “Pessoas que deveriam estar ajudando no enfrentamento ao crime, tentam tirar proveito da cena do crime, da cena do fato. Enquanto eu for governador, nós não deixaremos milícias nem grupos criminosos comandarem nossos territórios, como acontece no Rio de Janeiro. Vamos continuar combatendo o crime organizado”, enfatizou.

A fala do governador veio depois de circularem vídeos durante todo o dia de lideranças da oposição. Um deles do presidente da Câmara de Vitória, Armandinho Fontoura (Pode), que chegou a defender intervenção federal. “Como vereador e presidente da Câmara, representei no Ministério da Justiça pedido de intervenção federal no Espírito Santo. O crime tomou conta do Estado, município sendo atacado, agora a Capital do Estado, e o governador fazendo campanha. Por isso, estou pedindo ao Ministério da Justiça que faça intervenção federal no Estado e traga as forças de segurança nacional aqui para a nossa cidade”, esbravejou.

O vereador de Vitória e deputado federal eleito, Gilvan da Federal (PL) manifestou sua intenção de utilizar os ataques de forma eleitoreira quando, ao no final de um vídeo publicado nas redes sociais, pediu abertamente votos para Carlos Manato (PL), que disputa o segundo turno com Casagrande, e para a reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL). Além disso, desferiu vários ataques ao governador, afirmando, por exemplo, que “abandonou a Polícia Militar, Polícia Civil e Polícia Penal”.
“Cadê o governador? Abandonou o Estado e está reunido com diversos vereadores para pedir apoio para sua reeleição”, disse. Ele prosseguiu afirmando que, “enquanto estamos aqui diante dessa barbárie do crime organizado desafiando o Estado, o governador Renato Casagrande só pensa na reeleição”, atacou. Disse ainda que “não existe Estado presente, existe Estado ausente pela incompetência desse desgoverno socialista Renato Casagrande, onde o crime organizado taca o terror, bota medo na população do Espírito Santo”.


Dez suspeitos de incendiar ônibus em Vitória foram presos

Informação foi divulgada pelo governador Renato Casagrande na noite desta terça-feira, após dia de caos e pânico


https://www.seculodiario.com.br/seguranca/dez-suspeitos-de-incendiar-onibus-em-vitoria-foram-presos

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