Ex-ministra e deputada federal eleita por SP desembarca em Vitória nesta quinta-feira, para participar de ação na Praça Costa Pereira
O posicionamento reflete a divisão registrada em denominações religiosas, que apoiam a reeleição do governador Renato Casagrande (PSB), mas rejeitam Lula, em decorrência de notícias falsas divulgadas nas redes sociais demonizando o PT.
Esse pacote de desinformação aponta que, se eleito, Lula irá fechar igrejas, legalizar o aborto e as drogas, e implantar banheiros unissex e o comunismo no País. Essas fake news, disparadas por robôs, são alimentadas, também, por pastores, apesar dos desmentidos da campanha petista, de compromissos assumidos por Lula e da impossibilidade, caso as informações fossem verdadeiras, de se concretizar esses projetos.
O ato marcado para a Praça Costa Pereira terá a participação da militância do PT e lideranças do partido, coligado com o PSB, de Casagrande, que, por questões geradas em alianças com outros partidos, alguns de direita, não se encontra na candidatura do ex-presidente Lula. Até a tarde desta segunda-feira, a organização da campanha ainda não tinha fechado toda a programação do evento.
A rejeição da Assembleia de Deus ao ex-presidente Lula não ocorre só no Espírito Santo. Em suas páginas sociais, Marina Silva divulgou nota sobre a divisão da igreja e cita o estado do Maranhão, na qual lamenta problemas relacionados por escolhas político-eleitorais. “Fico muito triste em ler que a Assembleia de Deus do Maranhão se presta a escrever uma nota de repúdio desqualificando e questionando a fé e o compromisso da senadora Eliziane com Deus (Rede-MA), pelo simples fato de apoiar o candidato Lula”.
Em outro trecho, a ex-ministra acentua: “Bolsonaro e o bolsonarismo atingiram com uma ferida de morte nossas comunidades religiosas. Isso é ultrajante! Que aquele que dá testemunho de todas as coisas cubra com seu amor e justiça a senadora Elizinane. Agora pensem: se esse nível de perseguição é feito contra uma senadora da República, podemos imaginar o que estão passando nossos irmãos e irmãs por esse Brasil, é uma violência com a fé, é assédio religioso. Meu apoio, luta e solidariedade à senadora Eliziane”.
Marina Silva declarou seu apoio ao presidenciável petista ainda antes do primeiro turno, em 12 de setembro, de forma independente. “Compreendo que nesse momento crucial da nossa história, quem reúne as maiores e melhores condições para derrotar Bolsonaro e a semente maléfica do bolsonarismo que está se implementando no seio da nossa sociedade, agredindo irmãos brasileiros, ceifando a vida de pessoas por pensarem diferentes, é a sua candidatura”, disse Marina a Lula. A decisão marcou um “
reencontro político e programático” entre os dois, como ela mesma classificou, na ocasião.