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Lula é eleito presidente da República para cumprir um terceiro mandato

Petista alcançou a vitória três anos depois de de ser libertado da prisão. Espírito Santo manteve maioria de votos em Bolsonaro

Passado o susto provocado por uma suposta sabotagem da Polícia Rodoviária Federal (PRF) durante a votação neste domingo (30), o candidato do Partido Trabalhadores (PT), Luiz Inácio Lula a Silva, foi eleito para seu terceiro mandato na Presidência da República, derrotando o presidente Jair Bolsonaro (PL), o primeiro a ocupar o cargo que não consegue a reeleição no País. Mais uma vez, o Nordeste garantiu as vitória de Lula, obtendo os maiores números no Piauí, Maranhão e Bahia.

Às 19h57, a Justiça Eleitoral considerou Lula matematicamente eleito, com 50,83%, o equivalente a 59,8 milhões de votos, contra 49,17% de Bolsonaro, que recebeu 57,6 milhões de votos. As comemorações tomaram conta do País e, em Vitória, o espocar de foguetes, “buzinaços” e gritos com o nome de Lula foram ouvidos em vários bairros, com muitas pessoas concentradas no Centro da cidade, na Rua da Lama e do Canal, em Jardim da Penha, e em Jardim Camburi.

O ex-presidente manteve a dianteira sobre o adversário desde o primeiro turno, porém, em votação muito apertada. No Espírito Santo, o presidente Bolsonaro venceu as eleições, como no primeiro turno, e até ampliou o seu índice, ao alcançar 58,05% – 1, 28 milhão de votos – contra 41,95%, equivalente a 925, 5 mil votos. No primeiro turno, Bolsonaro atingiu 52,23% e Lula 40,40%, obtendo maioria em 56 dos 78 municípios capixabas.

A vitória se Lula ocorre três anos e oito dias depois de ser libertado da prisão, onde passou 580 dias, por força de denúncias consideradas sem provas, das quais ele foi inocentado. A prisão impediu sua candidatura nas eleições de 2018, mas as condenações foram anuladas pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A medida se baseou no entendimento de que o ex-juiz Sergio Moro foi parcial, o que comprometeu o direito da defesa a um julgamento justo.

O segundo turno eleitoral foi marcado por grande quantidade de desinformação, agressões verbais e físicas, inclusive casos de homicídios relacionados às eleições, tendo como vítimas, na maioria das vezes, apoiadores de Lula e filiados ao PT, partido que retoma o protagonismo político nacional, após superar uma campanha de reconstrução, iniciada a partir do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, em 2014.

A apuração dos votos começou com Bolsonaro na frente, da mesma forma como foi registrado no primeiro turno. A virada ocorreu com a apuração dos votos do Nordeste, maior reduto eleitoral do presidente eleito e onde surgiu a maioria das denúncias de impedimento de eleitores aos locais de votação por conta das operações da PRF. A situação levou o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, a fazer um pronunciamento, no qual afirmou que, apesar dos atrasos, os eleitores conseguiram votar. Os episódios serão apurados, como garantiu.

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