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​Moradores da Ilha de Santa Maria questionam fechamento de CMEI

Centro de Educação Infantil em Vitória não aceitará novas alunos. Comunidade se reunirá com a secretária Juliana Rohsner 

O anúncio do fechamento do Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) Luiz Carlos Grecco, na Ilha de Santa Maria, em Vitória, gerou indignação entre os moradores da comunidade. Eles foram informados de que os atuais alunos irão prosseguir na escola em 2023, mas a unidade de ensino não receberá novas matrículas. Assim, à medida que os estudantes forem avançando e indo para o ensino fundamental, turmas serão fechadas, até que não haja mais nenhum aluno na escola, encerrando suas atividades.

O argumento da gestão de Lorenzo Pazolini (Republicanos), segundo a ajudante de cozinha Rosana Ferreira dos Santos, que tem filhos matriculados na escola, é de que o custo para manutenção do espaço é alto para o número de estudantes. Rosana informa que são quatro turmas com cerca de 15 alunos cada, contemplando crianças entre dois e seis anos. Não há alunos na faixa etária entre seis meses e um ano de idade.

As opções de CMEI dada aos moradores que querem matricular seus filhos em 2023 são na Ilha de Monte Belo, Jucutuquara e Avenida Vitória. Como o Luiz Carlos Grecco atende aos moradores da parte alta da Ilha de Santa Maria, eles teriam que subir e descer morro ao levar e buscar as crianças na escola, algumas vezes, com elas no colo. Entretanto, de acordo com Rosana, muitas famílias dependem de pessoas idosas, como as avós, para essa tarefa, que passa a ser mais difícil devido à necessidade de esforço físico.
Outro problema apontado é o investimento que as famílias terão que fazer em transporte escolar diante da possibilidade de que não haja pessoas que possam levar nem buscar as crianças. O assunto será discutido na próxima terça-feira (8), às 19h, no CMEI, em uma reunião entre a comunidade e a secretária municipal de Educação, Juliana Rohsner Vianna Toniati.

Mas, segundo Rosana, a gestora tem se mostrado irredutível na decisão de não abrir novas matrículas para, futuramente, fechar a escola. Caso essa postura permaneça, os moradores da comunidade não descartam a possibilidade de fazer manifestações.

Além do não fechamento, a comunidade reivindica que o CMEI volte a funcionar como antes da pandemia, quando havia turmas em horário integral e também nos turnos matutino e vespertino. Agora, não há possibilidade de ensino integral. A partir do ano que vem, as opções serão ainda mais restritas, pois a oferta será somente no período da tarde. Essa situação, afirma Rosana, prejudica principalmente as mães que trabalham o dia inteiro, necessitando de turmas em horário integral para conciliar seu trabalho com os estudos dos filhos.

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