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‘Esquema vacinal completo, testagem e máscara em ambientes fechados’

Confirmação da subvariante BQ.1 da Ômicron no ES reforça necessidades de medidas de prevenção, orienta Sesa

Hélio Filho/Secom

O cuidado com as medidas básicas de prevenção à Covid-19 foi recomendado com mais ênfase nesta segunda-feira (7) pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), mediante o registro do primeiro caso, no Espírito Santo, de infecção pela nova subvariante da Ômicron, a BQ,1. O alerta foi feito pelo subsecretário de Estado de Vigilância em Saúde, Luiz Carlos Reblin.

A BQ1, informou, tem escape vacinal, mas provoca apenas sintomas leves, não havendo registros de casos graves. No Estado, afirmou Reblin, até o momento não houve aumento de internações e óbitos. “Tivemos sim nas duas ultimas semanas um pequeno aumento de casos, que muito provavelmente está vinculado a esta nova variante”. 

A principal recomendação é pela atualização do esquema vacinal. “É importante que você que procure um serviço de saúde para atualizar o seu cartão de vacina e tome todas as doses recomendadas para você”. 

A testagem é outra medida essencial. “Se achar que tem sintomas ou se expôs a algum risco, faça um teste. Procure o município ou os pontos sob gestão do Estado para fazer teste”, pediu o subsecretário. 

As máscaras, acrescentou, também são bem-vindas. “Se sentir mais seguro, quando for frequentar ambientes com mais pessoas, use a máscara, assim você estará protegendo a sua saúde e dos seus familiares”. 

Em suas redes sociais, a professora da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) e doutora em Epidemiologia Ethel Maciel lembra que, à exceção dos imunossuprimidos, as doses necessárias atualmente são: quatro doses para maiores de 40 anos; três doses para pessoas entre 12 e 39 anos; e duas doses para crianças de cinco a 11 anos. 

A quinta dose, no momento, é recomendada para imunossuprimidos acima de 18 anos, que tomaram a quarta dose há, pelo menos, quatro meses.

Variante se espalha pelo país

Conforme noticiado pela BBC Brasil, a nova variante da Ômicron foi identificada no Rio de Janeiro pela Fundação Oswaldo Cruaz (Fiocruz) no último sábado (5) e já havia sido encontrada no Amazonas em 20 de outubro, o que fortalece a suposição de que ela circula em diferentes locais do país. 

A paciente diagnosticada no Rio de Janeiro, segundo o secretário municipal de Saúde da capital fluminense, Daniel Soranz, é uma mulher de 35 anos, moradora da zona norte e sem sintomas graves. “Ela já estava com as quatro doses da vacina, então os sintomas são leves e similares a infecções por outras variantes. A paciente não havia viajado, o que significa que essa variante já causa transmissões localmente”. 

De acordo com o infectologista Alberto Chebabo, presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia, a BQ.1 “é a mesma cepa que circula hoje na Europa e causou o aumento de infecções em países como Alemanha e França”.

Não há mudanças em relação aos sintomas, que continuam sendo, para a maioria dos pacientes, dor de cabeça, tosse, febre, dor de garganta, cansaço, perda de olfato e paladar. A característica principal que a difere de outras cepas, explica o médico, é um escape muito maior da proteção das vacinas.

No Rio de Janeiro, de acordo com Soranz, dos 47 pacientes internados na cidade, 92% não tomaram a dose de reforço ou nenhuma outra dose da vacina.

O infectologista Alberto Chebabo indica que o aumento de casos ainda deve seguir acontecendo nas próximas três a quatro semanas. “Será o resultado da circulação da nova variante associado a outras questões, como confraternizações de fim de ano e até fatores da vida que seguiu normalmente, com muitas pessoas sem usar máscara em locais de trabalho, por exemplo.”

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