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Tamanho reduzido

Foi mais suada que o previsto, porém, reeleição de Casagrande entra no bloco das “boias de salvação” do PSB no País. E os próximos anos?

Hélio Filho/Secom

Com o pior desempenho nas eleições ao Congresso Nacional deste ano junto com o PSDB e uma derrota histórica ao Governo de Pernambuco, depois de 16 anos consecutivos de hegemonia, o PSB agora se agarra nas vitórias nos estados para tentar retomar campos nos próximos anos. Embora mais suada do que o previsto, a reeleição de Renato Casagrande entra no bloco das “boias de salvação” que restaram do pleito, junto com João Azevedo, na Paraíba, fatura também liquidada no segundo turno, e Carlos Brandão, no Maranhão. Na Câmara dos Deputados, a bancada teve redução drástica: elegeu 32 parlamentares em 2018, número que caiu para 24 no decorrer da atual legislatura, e passará para 14 em 2023. O Espírito Santo também teve desempenho aquém do projetado nesse campo, reelegendo somente Paulo Foletto, mesmo assim, com votação sem destaque: 48,7 mil, ocupando a nona das dez posições entre os eleitos. A expectativa era de que a legenda de Casagrande fizesse duas cadeiras. Já no Senado, a única vaga do PSB será de Flávio Dino, ex-governador do Maranhão, que se filiou no ano passado. Por aqui, como se sabe, Casagrande formou chapa com a senadora Rose de Freitas (MDB), que perdeu para o candidato do bolsonarismo, Magno Malta (PL). Na primeira fase da disputa, contra todas as pesquisas, o governador tomou um balde de água fria e não levou o pleito. Depois, com uma campanha estratégica e na área de ataque, venceu mais uma vez Carlos Manato (PL), aliado do presidente Jair Bolsonaro (PL), por 53,8% a 46,2%. Um alívio para a Nacional, que, diante do atual cenário, já debate como irá refazer a rota, a partir de 2024. No Estado, entretanto, o tabuleiro sai da área partidária, para contemplar, também, o amplo leque de aliados, com reflexos na próxima disputa municipal. Do PSB, mesmo, quem virá por aí?

Terreno
Em 2020, o partido de Casagrande elegeu 13 prefeitos, o maior número do Estado, mas todos no interior. Nos principais municípios da Grande Vitória, já tem apoios sinalizados para 2024, de aliados que atuaram intensamente nessas eleições. Pula para próxima nota…

Terreno II
Arnaldinho Borgo (Podemos), em Vila Velha; João Coser (PT), cotado para enfrentar novamente Lorenzo Pazolini (Republicanos) em Vitória; Euclério Sampaio (União), em Cariacica; e o grupo de Sérgio Vidigal (PDT) na Serra – a principal liderança do PDT no Estado já disse que não tentará a reeleição, mas, certamente, terá um candidato para chamar de seu.

Apostas
Só para relembrar, os aliados da linha de frente que ficaram para atrás na disputa à Câmara Federal, foram, nesta ordem: Freitas, com 36,7 mil votos; Givaldo Vieira, com 33,4 mil; e a vice-governadora, Jacqueline Moraes, com 29,8 mil. Três nomes conhecidos do mercado e com visibilidade da máquina.

E o PSDB?
O partido elegeu Eduardo Leite ao governo do Rio Grande do Sul; Raquel Lyra, em Pernambuco; e Eduardo Riedel, no Mato Grosso do Sul. Não fez senador novo, e considerando a federação com o Cidadania, teve a bancada da Câmara reduzida de 37 parlamentares eleitos em 2018, para 29 na atual bancada, e agora para 18.

E o PSDB II?
No Espírito Santo, outro revés, agravando um cenário que já vem de anos. Com chapa formada pelo campeão de votos à Assembleia em 2018, Sergio Majeski, o ex-deputado e ex-prefeito de Vila Velha Max Filho, e o presidente da Câmara da Serra, Rodrigo Caldeira, o ninho tucano era considerado presença certa na Câmara. Mas não elegeu ninguém. O mais votado foi Majeski, com 40,1 mil.

3 x 3
Na Assembleia, o PSB saiu de uma bancada de cinco deputados para três: Tyago Hoffmann, Janete de Sá e Dary Pagung, os dois últimos reeleitos. Já o PSDB terá Vandinho Leite, reeleito, e Mazinho dos Anjos, enquanto o Cidadania garantiu a permanência de Fabrício Gandini.

Subiu
A propósito, o ex-deputado estadual Sandro Locutor (PP), derrotado nas eleições à Assembleia, voltou a receber abrigo no governo do Estado logo depois da votação, e já subiu de posto. Ele foi exonerado do cargo em comissão de assessor especial nível III, da Secretaria da Casa Civil, e nomeado, nesta segunda, para o cargo de subsecretário da pasta para Relações Institucionais.

‘Ninguém sabe, ninguém viu’
Quem esteve em alguns supermercados na manhã desta segunda-feira (7), em Vitória, ouviu nos corredores comentários de que clientes ligaram logo cedo para saber se os estabelecimentos estariam abertos. Motivo: o tal anúncio de greve geral feito por grupos bolsonaristas, ainda contra o resultado eleitoral. Tudo funcionando normal. Mas, afinal, e as adesões, quais foram?

Segue…
No convite espalhado pelas redes sociais, a convocação, de alcance nacional, era para que todos os apoiadores do presidente Jair Bolsonaro fechassem o comércio, a indústria, escolas e faculdades na Grande Vitória e interior. Mas não teve o efeito anunciado.

Nas redes
“Vamos ter capixaba pocando na Copa do Mundo do Catar. O atacante Richarlison foi convocado pelo técnico Tite e vai vestir a amarelinha na busca pelo hexa. Orgulho de Nova Venécia e do ES. Traz o hexa pra gente, garoto! Voa, Pombo!”. Renato Casagrande, governador pelo PSB.

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