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TJES adia julgamento do pedido de libertação de militante do PT

Falta de análise do habeas corpus nesta segunda-feira frustrou expectativa de militantes do partido que foram ao Tribunal de Justiça

Preso há 16 dias após furar um bloqueio em via pública mantido por grupo bolsonarista, o eletrotécnico aposentado Francisco Emmanuel Soares dos Santos, o Chico Linhares, 65 anos, militante do PT, vai permanecer na prisão, até o julgamento de um habeas corpus pelo Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES). Prevista para esta segunda-feira (21), a análise do pedido de soltura foi transferida para outra da data, ainda não divulgada, frustrando a expectativa de uma comissão de militantes e de parte da direção estadual do partido.

A prisão ocorreu no último dia 5, em Linhares, norte do Estado, sendo confirmada pelo juiz Tiago Favaro Camata, da 1ª Vara Criminal, que rejeitou a argumentação da defesa, apresentada pela advogada Alciene Maria Rosa, e acatou a acusação de tentativa de homicídio do Ministério Público Estadual (MPES). Chico está na Penitenciária Regional, no bairro Laguna.

Nesta segunda-feira, a manutenção da prisão movimentou lideranças do PT, entre eles o deputado federal Helder Salomão e o senador Fabiano Contarato, que mantiveram contato com membros do TJES, juntamente com o advogado Homero Mafra, visando garantir celeridade no julgamento do habeas corpus. Contarato e Homero Mafra deveriam se reunir com o desembargador Eder Pontes.

Além de Contarato, desde o final da manhã, um grupo de militantes começou a se formar na entrada do Tribunal de Justiça, a fim de reforçar a defesa de “cunho político” da prisão de Chico Linhares, formalizada pelo policial militar Rodrigo Bonadiman, o Cabo Bonadiman, que concorreu a deputado federal pelo PL nas eleições de 2 de outubro e é conhecido militante de grupos bolsonaristas.

O grupo do PT foi formado por Fernanda Tardin, que organizou a mobilização, pelo escritor Perly Cipriano, ex-candidato a deputado federal nas últimas eleições, Isaías Santana, Roque Caetano, entre outros, além do senador Contarato.

Arquivo Pessoal

O bloqueio vem causando transtornos à população de Linhares, por dificultar o acesso à BR–101 e também pelo som alto à noite, contrariando a lei do silêncio, fatores desconsiderados pelas autoridades, que acusam Chico por tentativa de homicídio, afirmando que ele teria jogado o carro por cima de pessoas presentes ao bloqueio. De acordo com os advogados Alciene Maria Rosa e Renan Nogueira, que também atuam na defesa, “não há sequer indícios que possam comprovar as acusações”.

O bloqueio permanece no local, mesmo sendo uma desobediência à determinação do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, por contestar o resultado das eleições à Presidência que confirmou a vitória de Lula e pedir intervenção militar, entre outras atividades inconstitucionais e antidemocráticas. 

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