Com Gustavo Peixoto e Guerino à frente, cinco candidatos no Estado integram ranking nacional dos derrotados e agora menos ricos
Cinco candidatos pelo Espírito Santo estão numa de lista de 69 nomes, entre 100 ao todo, que mais investiram dinheiro próprio na campanha eleitoral deste ano e não obtiveram êxito nas urnas, como mostra levantamento realizado pelo jornal O Globo. O primeiro, na 14ª colocação, é o Dr. Gustavo Peixoto (União), que desembolsou R$ 450 mil para disputar a Câmara Federal. Ele chegou a protagonizar, no decorrer do pleito, embate com o presidente regional de sua legenda, Felipe Rigoni, alegando “abuso de poder político e econômico”, e até acionou a Justiça. O União, só para lembrar, era o mais rico das eleições e investiu pesado em candidatura de outro partido, o Republicanos, referente ao palanque ao Senado do deputado estadual Erick Musso, aliado de Rigoni. Na sequência vem o candidato ao governo, Guerino Zanon (PSD), na 18ª posição, com R$ 413,7 mil. O ex-prefeito de Linhares sequer foi ao segundo turno. No mesmo campo, ficou em 38º lugar a candidatura bolsonarista de Carlos Manato, com R$ 314 mil. O PL, como tratado aqui algumas vezes, colocou todo o dinheiro no caixa de campanha de Magno Malta – R$ 2,1 milhões -, eleito ao Senado, deixando Manato à míngua, mesmo após avançar para a segunda fase contra o governador Renato Casagrande (PSB). Mais um integrante da lista, o deputado estadual Marcos Garcia (PP), derrotado à Câmara, retirou do cofre R$ 309,8 mil, ocupando a 48ª posição. Por fim, ficou logo o empresário Aridelmo Teixeira (Novo). Apesar de ter declarado R$ 29 milhões em bens, utilizou, proporcionalmente, uma quantia pequena: R$ 303,6 mil, a 52º colocação do ranking. A título de comparação, no topo nacional está o candidato ao governo por Goiás, Gustavo Mendanha (Patri), com nada menos que R$ 1,03 milhão. Haja dinheiro e disposição…
A ver navios
Um dos líderes dos movimentos de direita no Estado, Dr. Gustavo Peixoto recebeu 22,2 mil votos, mas o União Brasil não emplacou nenhuma cadeira de deputado federal. Nem mesmo a de Rigoni. Já Marcos Garcia foi votado por 26,7 mil pessoas e ocupa a terceira suplência do PP, um caminho longo para atravessar.
A ver navios II
Na disputa ao governo, Guerino Zanon alcançou apenas 7,03% do eleitorado e Aridelmo muito menos, 0,76%. Manato teve um resultado melhor do que o previsto no primeiro turno, mas não conseguiu abater Casagrande depois, que venceu por 53,8% a 46,2%.
A ver navios III
Manato, aliás, terminou a disputa se mantendo como seu principal doador e sem reclamar do partido, que é também o do presidente Jair Bolsonaro. O PL destinou, em toda campanha, apenas R$ 100 mil ao candidato. As demais verbas foram de doações individuais, que no segundo turno deram um salto, atingindo 953,3 mil.
Dança das cadeiras
Nas especulações para o próximo secretariado de Casagrande, que deve começar a ser anunciado no início de dezembro, o nome da vez é do ex-secretário Gilson Daniel (Podemos), eleito deputado federal. Ele já ocupou as pastas de Governo e Planejamento e, agora, estaria pleiteando uma com maior visibilidade política, leia-se vitrine de obras. Neste caso, assumiria sua cadeira na Câmara o ex-secretário de Segurança Pública, Alexandre Ramalho.
Dança das cadeiras II
O próprio Ramalho também já vinha sendo cotado para retornar ao governo, de onde saiu para ser candidato este ano e acabou com a primeira suplência. As tratativas vão terminar com um dos dois assumindo o primeiro escalão. Já o vice-prefeito de Vila Velha, Victor Linhalis, só tem olhos para a Câmara, mesmo.
Apostas?
Outra questão em aberto nessa área: e a senadora Rose de Freitas (MDB), que não conseguiu se reeleger e disputou na chapa de Casagrande? Vai ser acomodada de que forma no governo? O nome dela não tem circulado nesse sentido, pelo menos externamente.
Ciência
No âmbito nacional, circulou, há poucos dias, comentário sobre a professora da Universidade Federal do Estado (Ufes) e epidemiologista Ethel Maciel como um dos quadros capacitados para o Ministério de Ciência. Um movimento defende a nomeação de uma mulher para o cargo, considerando que, embora as mulheres já respondam por metade da produção científica nacional, ainda são raras em posições de liderança.
Ciência II
Artigo nesse sentido foi publicado na Folha de S.Paulo por Sabine Righetti, lembrando ainda que as mulheres nunca ocuparam o cargo efetivo de comando do MCTI desde que a pasta foi criada, em 1985. Até agora, porém, não há essa sinalização do governo eleito de Lula (PT).
Nas redes
“Já que a velha política está achando que vou me abalar com as fakes, resolvi entrar na zoação. Aproveitando cada detalhe da Copa (para os desavisados o post é irônico. Estou em viagem com a família, pena que não é no Catar)”. Arnaldinho Borgo, prefeito de Vila Velha pelo Podemos, após circular memes de que ele estaria na Copa do Mundo.
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