Município é alvo de investigações envolvendo corrupção de agentes públicos desde 2018
Crimes de corrupção e direcionamento de contratação pública no município de Presidente Kennedy, sul do Estado, que envolvem a área da saúde, são investigados pela Polícia Federal (PF), envolvendo servidores públicos.
Na manhã desta terça-feira (22), por meio da Operação Errantes, foram cumpridos três mandados de busca e apreensão, com o objetivo de coletar mais elementos probatórios e verificar eventual envolvimento de outras pessoas no esquema.
Já foi apurado que, no ano de 2020, servidores públicos cobraram vantagens indevidas a empresário contratado pelo município para, em contrapartida, prorrogar seu contrato simulando competição e agilizando execuções de pagamento.
Os investigados poderão responder pela prática de crime de corrupção passiva (Art. 317, Código Penal) e frustração do caráter competitivo de licitação (Art. 337-F, Código Penal), com penas que, combinadas, podem chegar a 20 anos de reclusão.
O caso envolve também corrupção passiva, que é, segundo a PF, “”solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem, com pena de dois a 12 anos de reclusão e multa”.
Escândalos
O município de Presidente Kennedy foi alvo de escândalos nos últimos anos, o mais recente por suposta corrupção de agentes públicos, em 2020, apesar de a Polícia Federal não apontar qualquer ligação da Operação Errantes com as atuais, que provocaram o afastamento da então prefeita Amanda Quinta.
Na época, por decisão da juíza Priscilla Bazzarela de Oliveira, foi prorrogado o afastamento da prefeita por mais 180 dias, confirmando no cargo o prefeito interino, Dorlei Fontão, do PSD, hoje no PP, atual ocupante do cargo, para o qual foi reeleito em 2020.