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Irregularidades seletivas

Magno Malta, Gilvan da Federal, Assumção…quem mais não foi eleito, pela lógica sem lógica do PL? O TSE quer saber…

Leonardo Sá

Assim como vinha sinalizando, o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, contestou, nesta terça-feira (22), o resultado do segundo turno das eleições deste ano, apontando vitória de Jair Bolsonaro, com 51,05%. A conclusão para isso, alegou, seria a não contabilização de votos de urnas que diz ter irregularidades, como teria indicado uma auditoria encomendada pelo partido. O documento foi divulgado em coletiva, com Magno Malta a tiracolo, e colocou ainda mais lenha na fogueira entre os apoiadores do presidente e os próprios políticos do PL, que seguem nas ruas negando a vitória de Lula (PT) e pedindo intervenção militar. Mas, olha só, não cita sequer uma linha sobre o primeiro turno, que elegeu no País, do próprio PL, nada menos que dois governadores, oito senadores, 99 deputados federais e 129 estaduais. É isso, agora, que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) quer saber. Em despacho ao protocolo do partido, o presidente do órgão, ministro Alexandre de Moraes, diz que as urnas apontadas na petição foram utilizadas também no primeiro turno e, “sob pena de indeferimento da inicial”, requer que o PL incluía no pedido a votação de 2 de outubro, no prazo de 24 horas. Aliás, como tem sido questionado aqui na coluna há dias, diante das constantes, incansáveis, seletivas e contraditórias investidas bolsonaristas. Além de Magno, o partido elegeu, no Espírito Santo, o vereador de Vitória Gilvan da Federal à Câmara, como o segundo mais votado, reelegeu o deputado estadual Capitão Assumção, também o segundo mais votado, e fez a maior bancada da Assembleia Legislativa, com mais quatro nomes: Lucas Polese, Danilo Bahiense, Callegari e Zé Preto. Quem mais não foi eleito, pela lógica sem lógica do PL?

Mais da metade
O relatório divulgado por Valdemar diz que as urnas eletrônicas invalidadas no segundo turno seriam quase 60%. O suposto problema teria relação com o modelo das mesmas, o que impediria auditoria dos votos, o que é contestado por especialistas e pelo próprio TSE.

Invertido
Assim, com as urnas restantes, Bolsonaro alcançaria 51,05% dos votos e Lula 48,95%. O resultado da votação, validada pelo TSE, por entidades e órgãos fiscalizadores, e reconhecida pela comunidade internacional é outro: 50,9% para Lula contra 49,1% do atual presidente.

Tumulto
Essas constantes investidas do bolsonarismo só servem para tentar tumultuar o processo de transição, já em curso, e exaltar ainda mais os seguidores do presidente que ocupam quartéis e rodovias. O assunto, obviamente, foi jogado nas redes também pelos políticos do bloco capixaba.

Fora
Com 13 parlamentares, a bancada capixaba não tem nenhum representante na equipe de transição do Governo Lula (PT) anunciada nesta terça-feira (22) pelo vice Geraldo Alckmin (PSB). O grupo reúne 99 senadores e deputados, distribuídos por área. A divisão é a seguinte: 39 (PT), 13 (PSD), 11 (PSB), 10 (PDT), 7 (PCdoB), 5 (MDB), 4 (Avante), 3 (Solidaridade), 3 (Pros), 2 (PV), 1 (Rede) e 1 (Psol).

Bancada
O PT, como se sabe, reelegeu por aqui Helder Salomão, o campeão de votos disparado no Estado, e a presidente estadual da legenda, Jack Rocha.

Participações
Por outro lado, a Associação dos Servidores do Incaper (Assin) informa, nas redes sociais, que seu presidente, Luiz Bicalli, foi convidado a “contribuir tecnicamente” com o grupo de trabalho Extensão Rural da equipe de transição. No último dia 15, já havia sido anunciado o advogado Jiberlandio Miranda Santana, da Serra, para atuar em prol de políticas públicas para a Juventude.

Nada mudou
Passada a lentidão, ausência de votações e falta de quórum em todo o período eleitoral, a Assembleia Legislativa entrou agora no “modo Copa”. Sessões acabando cedo, muito deputado ausente do plenário, e homenagens, com aqueles conhecidos e questionáveis oba-obas.

Nas redes
“O ministro Alexandre de Moraes jogou um balde de água fria na aventura golpista de Bolsonaro e Valdemar Costa Neto. Não amolem!”. Deputado federal reeleito Helder Salomão, do PT.

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Estratégia em bloco

Entre alardes, como os de Assumção, avisos e mensagens nas entrelinhas, relatório das Forças Armadas vira novo gás nas mãos de bolsonaristas


https://www.seculodiario.com.br/socioeconomicas/estrategia-em-bloco

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