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Bolsonaristas votam contra PEC que garante Bolsa Família de R$ 600

Voto de Marcos do Val é parte de estratégia derrotada no Senado, que pretendia atrasar votação da proposta 

Agência Senado

O senador Marcos do Val (Podemos) votou contra a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição, que permite expandir o teto de gastos em R$ 145 bilhões, por dois anos, garantindo o pagamento do Bolsa Família (atual Auxílio Brasil) de R$ 600, mais R$ 150 por crianças de até seis anos, ao contrário dos senadores Fabiano Contarato (PT) e Rose de Freitas (MDB), que votaram pela aprovação. 

A votação ocorreu na noite dessa quarta-feira (7) pelo placar de 64 votos favoráveis e 13 contrários, derrotando o bloco bolsonarista que tentava atrasar a votação. O voto de Marcos do Val foi inserido nas movimentações de apoiadores de Jair Bolsonaro (PL), apesar de o presidente ter prometido na campanha eleitoral que manteria o Auxílio Brasil (Bolsa Família) com o valor de R$ 600, mas deixou de colocar o valor anunciado no orçamento federal de 2023, inviabilizando o cumprimento do compromisso assumido com os eleitores.

Além disso, o atual governo vem promovendo cortes em diversas setores, afetando programas sociais e áreas essenciais, como educação, saúde e meio ambiente, provocando transtornos na equipe de transição do governo eleito e ameaça de paralisação de universidades e outras instituições por falta de recursos.

Na próxima semana, a Câmara dos Deputados iniciará a análise da PEC, que poderá atrasar por conta da votação no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o fim do orçamento secreto. Os deputados querem esperar a decisão sobre o mecanismo antes de votar a PEC, embora o projeto libere o pagamento de emendas parlamentares.

Para o deputado federal Helder Salomão (PT), a “aprovação da PEC é de muita importância para o Brasil. É com ela que vamos conseguir garantir o pagamento do Bolsa Família, o aumento real do salário mínimo, bem como a execução de outras políticas públicas estratégicas para o desenvolvimento social do país”.

Ao se posicionar a favor, o parlamentar afirmou que “a PEC vai viabilizará os investimentos necessários em áreas como saúde e educação, que foram drasticamente atacadas e negligenciadas pelo atual governo. Estamos buscando formas de devolver condições e oportunidades para o cidadão se recolocar e assumir o seu protagonismo”.

O senador Fabiano Contarato divulgou nas redes sociais que “garantir esses recursos é prioridade no combate à fome e à miséria no Brasil e deve ser o nosso compromisso no Congresso Nacional”. Destacou que “esse é o primeiro grande passo do governo Lula para dar dignidade àqueles que mais precisam e também promover a retomada do crescimento sustentável do país, reinserindo o pobre, a educação, a saúde e o meio ambiente no orçamento”.

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