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Flávio Dino volta atrás e cancela indicação de Edmar Camata para a PRF

Nome do secretário estadual de Controle e Transparência gerou polêmica por ser defensor da operação Lava Jato

Durou menos de 24 horas a indicação do secretário de Estado de Controle e Transparência do Espírito Santo, Edmar Camata, como diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Nesta quarta-feira (21), o futuro ministro da Justiça, Flávio Dino, voltou atrás e, em coletiva de imprensa, em Brasília, disse que o ocupante do cargo será o policial rodoviário federal Antônio Fernandes Oliveira.

A indicação foi retirada por conta da polêmica instalada entre apoiadores do presidente Lula, por Camata ter sido defensor da operação Lava Jato admirador do ex-juiz Sergio Moro (Podemos), eleito senador pelo Paraná, do procurador Deltan Dellangnol (Podemos), deputado federal eleito, considerados algozes do presidente que será empossado em 1º de janeiro, cuja prisão também foi defendida por Camata.

O futuro ministro da Justiça explicou: “Estamos fazendo uma substituição do diretor da PRF, tivemos uma polêmica e entendemos que seria mais adequada a substituição”, disse, e acrescentou: “Não há julgamento de desvalor, mas uma avaliação puramente política”.

Destacou ainda: “Fizemos uma pesquisa de todas as pessoas e levamos em conta menos as visões pretéritas e mais o presente e o futuro, porque somente os mortos não evoluem. Mas nós precisamos, ao olhar o futuro, examinar se aquele líder tem condições políticas de conduzir a sua atribuição. Então, realmente não se trata de um julgamento de situações pretéritas. Em meio a polêmicas, você acaba por dissipar energias em uma área quer você precisa de foco (…)”.

O anúncio do nome de Camata aconteceu nessa terça-feira (20), no mesmo dia em que o presidente Jair Bolsonaro (PL) exonerou do cargo o então diretor-geral da PRF, Silvinei Vasques, que é réu na Justiça Federal, acusado de improbidade administrativa por ter pedido votos para Bolsonaro durante a campanha e participar de bloqueios em rodovias do país, em outubro.

A polêmica em torno da indicação de Edmar Camata começou ainda na terça, em redes sociais, com postagens contra o ato do futuro ministro – “O que é que é isso, companheiro, dormindo com o inimigo?” – e outras relembrando mensagens do então candidato do PSB a deputado federal, apresentando-se como defensor da Lava Jato e tendo como bandeira o combate à corrupção. Neste ano, ele tentou articular nova candidatura, mas, também, não foi bem sucedido.

Em meio à polêmica, o governador Renato Casagrande (PSB), em nota nas redes sociais, nesta quarta-feira, confirmou Edmar Camata no posto que ocupa na gestão estadual a partir de 2023: “Edmar Camata permanecerá no comando da Secretaria de Controle e Transparência em nossa próxima gestão. Seu trabalho para colocar o Espírito Santo no 1º lugar em transparência no Brasil. Seguiremos trabalhando juntos para tornar o estado cada vez mais eficiente”, diz o governador.

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