Jéssica de Aguiar Barcelos, que viralizou nas redes após ofensas a eleitores de Lula, foi encaixada na vice-presidência da Mesa Diretora
Impedida de ser eleita presidente no último dia 14, a vereadora de Domingos Martins (região serrana do Estado) Jéssica de Aguiar Barcelos (Podemos) foi encaixada na vice-presidência da Mesa Diretora da Câmara Municipal, em eleição realizada na noite dessa quarta-feira (21). O legislativo será presidido pelo vereador Abel Fernando Kiefer (PP), aliado do prefeito Wanzete Krüger (PP).
A escolha ocorre em meio à representação na Justiça responsabilizando Jéssica pelo transtorno provocado quando das comemorações pela vitória do presidente Lula (PT). Na ocasião, ela debochou em via pública dos apoiadores do presidente eleito e chegou a colocar em risco de atropelamento grupos que comemoravam o resultado das eleições gerais.
A futura Mesa Diretora da Câmara, com mandato para o biênio 2023-2024, é composta por Abel Fernando Kieffer (PP), presidente; 1º vice-presidente, Jéssica Aguiar Barcelos (Podemos); 1º secretário, Gilmar Luiz Borlot (PSD); 2º vice-presidente, José Marcos Simmer (Cidadania); e 2º secretário – Francisco Sutil Braga (PSD).
Foram apurados nove votos a favor da chapa, um voto contra, dois nulos e um em branco. Após a apresentação do resultado, a sessão chegou a ser interrompida por alguns minutos para esclarecimentos sobre a possibilidade de nulidade do pleito, fato que acabou não acontecendo diante de orientação do jurídico da Casa.
A sessão do dia 14, com previsão de Jéssica ser eleita presidente, foi suspensa, sendo transferida para o dia 19, já sem o nome dela encabeçando a chapa. O vereador Edson Luiz Paganini, o Edinho (Patriota) afirmou não ter conseguido formar outra chapa para concorrer e ressaltou o apoio do prefeito à chapa eleita. “O Abel Kiefer só falta morar na casa do o prefeito”, disse.
Denúncia
O vídeo da vereadora viralizou nas redes sociais e o comportamento da vereadora nas comemorações do PT repercutem no município até hoje. Segundo a denúncia ao Ministério Público Estadual (MPES) e à Ordem dos Advogados do Brasil no Espírito Santo (OAB-ES), ela aparece em zombaria e “insulto aos cidadãos que votaram no candidato eleito à Presidência, além da embriaguez (…), e de forma irônica agride a população, exaltando o seu poder financeiro”.
O documento aponta frases ofensivas aos manifestantes que comemoravam a vitória. “Tenho dinheiro para comer picanha, pois sou rica, os pobres devem comer no máximo fraldinha” e “tenho dinheiro para morar fora do Brasil, e vocês que se fodam”.