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Disputa do comando da Assembleia entra na reta final com Vandinho à frente

Deputado chega aos últimos dias das articulações apontado como o favorito, mas terá que abrir mão de cargos

Leonardo Sá

O deputado reeleito Vandinho Leite (PSDB) está com tudo para ser confirmado candidato à presidência da Assembleia Legislativa, segundo as articulações que entram na reta final neste domingo (22). Esse é o cenário a 10 dias da eleição, que será realizada em 1º de fevereiro, data da posse dos deputados estaduais da nova legislatura, com 16 integrantes eleitos em outubro de 2022.

Iniciadas logo depois de proclamado o resultado das urnas, as conversas entre os blocos de parlamentares mantêm os deputados Marcelo Santos (Podemos) e João Coser (PT) na ponta das articulações, mas passou por alterações com a entrada de Vandinho. Embora apontado como favorito, o deputado terá que negociar nomes para ocupar lugares na mesa-diretora e cargos importantes na estrutura a Casa, afirmam os meios políticos. . 

Marcelo e Coser, como Século Diário divulgou em dezembro do ano passado, terão lugar garantido na futura mesa-diretora do Legislativo estadual. Estreando no quinto mandato de deputado, Marcelo se mantém em meio silêncio, mas não deixa de participar de eventos públicos ao lado do govenador Renato Casagrande (PSB), mesmo procedimento de Vandinho; João Coser costura apoios e investe contra o adversário, sem descuidar de aproximar-se do Palácio Anchieta.

Exemplos mais recentes surgiam nesta quinta-feira (19) com o vazamento de um áudio de João Coser, enviado por militantes do PT à redação do portal, MovNews, no qual ele afirma que “Marcelo é mais experiente, mas a imagem dele é muito comprometida” e, mais adiante descarta sua candidatura à presidência e aponta Vandinho Leite como o candidato que o partido deve apoiar.

Ao iniciar a mensagem, João Coser afirma: “Olá, Companheiras e companheiros, fazendo uma mensagem aqui mais completa. Nós estamos participando do processo, eu mais a Iriny, formamos um bloco com 22 deputados, neste bloco, com quatro pré-candidatos, meu nome, do Vandinho Leite, do Thyago Hoffman, do Dary Pagung, também circulou o nome do Marcelo Santos, mas ele não veio para esse bloco, ele constituiu outro bloco. Isso deu um mal-estar na semana passada.

A mensagem de Coser vem a público quase que ao mesmo tempo de postagem do deputado eleito e diplomado Tyago Hoffmann (PSB), ex-secretário na gestão Casagrande e pessoa de confiança do governador. “Em nenhum momento eu coloquei candidatura à presidência. Alguns colegas parlamentares especularam e eu, também, logicamente não neguei, também não disse que não seria candidato. Mas agora eu estou afirmando que não serei candidato”, escreveu.

Apesar de estar fora da disputa à presidência, como afirma, Tyago exerce um contraponto nas articulações, necessárias para garantir ao governo influência no comando do Legislativo, retirando de Vandinho o controle total da Casa,  embora o governador mantenha o discurso de não envolvimento nas disputas internas de outro poder. As conversas giram em torno de unir em um bloco os aliados do governo, que inclui a deputada eleita Camila Valadão (Psol).

Buscam também atrair parte dos 16 deputados eleitos para o primeiro mandato, visando reduzir as forças do bloco da direita bolsonarista, comandado pelo deputado Capitão Assumção (PL). Esse bloco do PL, o maior da Assembleia, é integrado também por Danilo Bahiense, reeleito, e os estreantes Lucas Polese, Callegari e Zé Preto.

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