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PF faz segunda fase de operação que teve Rose de Freitas como envolvida

Na primeira fase, a senadora Rose de Freitas foi investigada por ligação com grupo que agia na Codesa

Agência Senado

A Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã desta terça-feira (24), a segunda fase da Operação Corsários, que apura crimes cometidos por uma organização criminosa que desviou recursos em contratos de empresa pública federal do Espírito Santo. Na primeira fase da operação, foi investigada uma suposta organização criminosa que atuava na Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa), entre 2015 e 2018, tendo a senadora Rose de Freitas (MDFB), que não foi reeleita, como um alvos dos mandados de busca.

Estão sendo cumpridos oito mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em razão do envolvimento de autoridade com foro por prerrogativa de função, nos estados do Espírito Santo, São Paulo e no Distrito Federal.

“Os investigados devem responder, na medida de suas responsabilidades, pelos crimes de peculato, crimes licitatórios, corrupção, organização criminosa e lavagem de dinheiro”, informa um comunicado divulgado pela Polícia Federal.

Na primeira fase, em 2021, a Polícia Federal vasculhou 10 endereços de residências e empresas nos municípios de Vitória, Cariacica e Serra, no Espírito Santo, e em Brasília, no Distrito Federal. Os mandados de busca e apreensão foram cumpridos, na época, no apartamento funcional da parlamentar, onde ela mora em Brasília, e em uma residência em Vitória. Duas pessoas foram presas, entre elas um dos irmãos de Rose de Freitas, que até 2019 ocupou cargo comissionado na Codesa.

Além disso, os agentes cumpriram dois mandados de prisão temporária. Um terceiro investigado foi preso em flagrante pelo crime de porte ilegal de armas, indicou a PF. As ordens foram expedidas pelo ministro Kassio Nunes Marques,  do Supremo Tribunal Federal, em razão dos indícios de envolvimento de Rose de Freitas, que tem foro por prerrogativa de função. O magistrado determinou ainda o sequestro de bens e valores dos investigados, diz a Polícia Federal.

As investigações da ‘Corsários’ tiveram início após denúncia sobre exigência de propinas por servidores da Codesa em contrato de locação de veículos. A Polícia Federal indicou que também havia indícios de fraudes em contratos firmados com outras empresas entre 2015 e 2018.

“As apurações revelaram a existência de uma verdadeira organização criminosa infiltrada na empresa pública, por meio da indicação de pessoas de confiança do grupo para postos chaves, permitindo dessa forma a interferência nos certames, o superfaturamento e desvio dos valores pagos nos contratos subsequentes”, explicou a PF em nota na época da primeira operação.
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