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A influência de prefeitos na explícita intromissão do governo na Assembleia

Marcelo Santos e Vandinho Leite articulam para garantir chapa completa para as eleições de 1º de fevereiro

Ales

O número de prefeitos comprometidos com a candidatura do deputado Marcelo Santos (Podemos) à presidência da Assembleia Legislativa, no próximo dia 1º, passa de dois – Euclério Sampaio (DC), de Cariacica, e Sergio Vidigal (PDT), da Serra. O nome do deputado se fortalece, de acordo com o mercado político, com adesões de prefeitos do interior do Estado, onde o experimentado parlamentar construiu, em cinco mandatos de deputado estadual, uma eficiente rede de apoios, que lhe deram 41,6 mil votos na eleição de 2 de outubro de 2022, levando-o ao sexto mandato consecutivo.


As articulações, até esta quinta-feira (26), seguiam com dois candidatos: Marcelo Santos e Vandinho Leite (PSDB), que, apesar de ser do mesmo partido do vice-governador, Ricardo Ferraço, não encontra o apoio necessário para formar uma chapa completa, exigência do pleito. A decisão do governador mexeu no cenário, colocando-o em desvantagem.  Busca sensibilizar os novatos, eleitos no último pleito. 

Já Marcelo, ampliou sua densidade política, inclusive para além das fronteiras da Assembleia, que, neste ano, tem uma eleição da mesa-diretora marcada pela intromissão escancarada do governador Renato Casagrande (PSB), muito acima do preceito constitucional de separação entre os poderes. A “chapa do governo”, como é chamado no mercado político o grupo de Marcelo, contabilizava 16 integrantes, nesta quinta-feira (26), o mínimo para garantir a vitória. 

Liderado por Marcelo Santos, o mercado aponta como integrantes do grupo os deputados Tyago Hoffmann (PSB), ex-secretário secretário de Estado de Inovação e Desenvolvimento Econômico, e Dary Pagung (PSB), líder do governo na Assembleia. Ambos eram apontados como candidatos a presidente, antes do posicionamento de Casagrande, que tirou da disputa, também, outro aliado de longa data: João Coser (PT), que retorna à cena política depois da derrota para a Prefeitura de Vitória em 2018, e ainda leva a deputada por seu partido Iriny Lopes.

O grupo se completa com os deputados reeleitos José Esmeraldo (PDT), Janete de Sá (PSB), Adilson Espindula (PDT), Alexandre Xambinho (PSC) e Raquel Lessa (PP), e os novatos Dr Bruno Resende (União), Pablo Muribeca (Patriota), Zé Preto (PL), Mazinho dos Anjos (PSDB) e Denninho Silva (União). O deputado Fabrício Gandini (Cidadania) que deve aderir, mesma situação da estreante Camila Valadão (Psol), apontam os bastidores.

Ao afirmar de público a sua preferência, o governador Renato Casagrande estabelece um cenário de intimidação entre os parlamentares, mesmo que de forma indireta, mas, mesmo assim, contribui para “fragilizar a harmonia” entre os poderes, retirando a autonomia, extremamente necessária para privilegiar o debate democrático.

Há dois meses do início das articulações e a cinco dias da posse dos deputados e da eleição da mesa-diretora , o cenário passou por alterações profundas, uma delas foi a saída do deputado eleito Tyago Hoffmann como candidato a liderar uma chapa contrária à de Marcelo Santos, integrando, também, o petista João Coser.

Desde essa época, apesar das articulações, o favoritismo do Palácio Anchieta já era comentado, o que teria provocado o vazamento de um áudio de Coser com críticas ao processo e ao candidato que assume a liderança na reta final, gerando mal-estar e levando o governo a explicitar as preferências. Com esse gesto, acena para a reeleição do seu aliado Euclério Sampaio, prefeito de Cariacica, e também atende ao prefeito da Serra, Sergio Vidigal, fechando o canal para Vandinho ser candidato no município em 2026.

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