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Ano legislativo começa com Assembleia em clima de acirrada disputa

A abertura dos trabalhos começa no Plenário da Assembleia Legislativa com a posse dos deputados eleitos e reeleitos

Ana Salles/Ales

Qualquer que seja o caminho das articulações a partir deste domingo (29), o ano legislativo que será aberto nesta quarta-feira (1º) começa em um cenário demarcado por grupos construídos durante as articulações para montar chapas para a eleição da mesa diretora da Assembleia Legislativa. Caso não ocorram alterações de última hora, sem tirar até mesmo uma chapa única, de um lado o deputado Marcelo Santos (Podemos), favorito na disputa para presidente e, do outro, o também deputado Vandinho Leite (PSDB), que perdeu o que restava da aparente robustez apresentada em dezembro de 2022.

No meio da disputa pela presidência da Assembleia, a mão do governador Renato Casagrande (PSB), que arrastou para o grupo de Marcelo, seu candidato declarado, o deputado eleito e ex-prefeito de Vitória, João Coser (PT), comenta o mercado político. Acrescentam essas notícias de bastidores que essa combinação ocorreu sob a condição de apoio para que o petista tente, mais uma vez, retornar ao comando do município em 2024, desbancando o atual prefeito e seu adversário Lorenzo Pazolini (Republicanos), que o derrotou em 2020.

Neste fim de semana, o nome de João Coser era dado como o escolhido para ocupar a vaga de primeiro vice-presidente na chapa de Marcelo, justamente o alvo de suas críticas em áudio gravado no meio da semana e vazado nas redes sociais. Na gravação, o retrato com o qual Marcelo era apresentado deixa claro que João pendia para compor com Vandinho, o que não deve ocorrer, asseguram lideranças políticas que acompanham o desenrolar das conversas. São as alterações repentinas, muito comuns no campo da política. 

A ocorrência esvazia as articulações de Vandinho e de aliados, como os deputados Hudson Leal (Republicanos) e Theodorico Ferraço (PP), que não fica onde Casagrande estiver apoiando, apesar de ter o filho, Ricardo, no posto de vice-governador na gestão estadual. Esse cenário negativo, no entanto, não os desanima. Tanto que trabalham para formar chapa completa no dia 1º, para cumprir com as exigências do pleito, mesmo diante de um grupo que já estaria fechado com Marcelo, com mais de 16 apoiadores, o mínimo para vencer o pleito.

Nesse cenário dividido, devendo a eleição ocorrer com duas chapas, o governo poderá ter pelos próximos dois anos, até a eleição de uma nova mesa-diretora, uma oposição mais aguerrida, se somados os insatisfeitos do grupo de Vandinho com os representantes dos declaradamente contrários a Casagrande liderados pelo reeleito deputado Capitão Assumção (PL), um dos mais votados nas últimas eleições, inflado pelos movimentos de extrema direita. 

Apesar do declínio após as medidas judiciais para contê-los e a fuga de Jair Bolsonaro (PL) para os Estados Unidos, a extrema direita ainda movimenta uma multidão de insensatos. Nesse quadro, Casagrande terá oposição reforçada pelos próximos dois anos.  

Sessão solene

A sessão solene de posse e da eleição da mesa diretora começará às 10 horas do dia 1° de fevereiro. A posse marca o início do mandato parlamentar, iniciado com o compromisso de posse e o juramente referente ao mandato.

A sessão será presidida pelo parlamentar mais idoso, no caso Theodorico Ferraço, já que o atual presidente, Erick Musso (Republicanos), encerra o mandato de deputado. Ele optou por concorrer ao Senado, sendo derrotado. Após a abertura dos trabalhos, Ferraço escolherá dois deputados de partidos diferentes para assumirem a função de primeiro e segundo secretários da sessão, que comandará a eleição da mesa diretora.

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