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‘Euclério optou por ser inimigo do servidor’ diz sindicalista

Luciano Constantino, do Sindismuc, reclama da falta de diálogo e negação de reajustes pelo prefeito de Cariacica

No início do ano, o Sindicato dos Servidores Municipais de Cariacica (Sindismuc) enviou um ofício pedindo respostas ao prefeito Euclério Sampaio (DEM) sobre reajustes e melhorias para os trabalhadores municipais. O retorno do executivo municipal foi de negativa para as três pautas colocadas, reclama Luciano Constantino, presidente do Sindismuc, que reclama que hoje os servidores estão com vencimento mais de 50% defasados.

“Neste ano o prefeito novamente não colocou a revisão anual do salário dos servidores dentro do orçamento público, retirando direitos dos servidores. Disse por ofício que não vai conceber”, diz o sindicalista que considera que os trabalhadores do município têm direito a revisão anual do valor do salário, com ao menos a recomposição das perdas com a inflação do ano anterior. No ano passado houve reajuste de 5%, abaixo dos índices inflacionário, não representando ganho real e nem mesmo recomposição adequada das perdas. 

Por outro lado, o Sindismuc aponta como contradição o fato dos altos cargos da gestão terem tido aumentos sucessivos e significativos desde o início do mandato de Euclério: 61% para o prefeito, 47% para o vice-prefeito e secretários. O fato foi encaminhado como denúncia ao Ministério Público do Espírito Santo, que abriu inquérito civil para investigar o caso, sob o qual pairam denúncias de irregularidades em sua aprovação.

As outras demandas apresentadas foram sobre a aumento do auxílio alimentação dos funcionários do executivo, equiparando o valor ao praticado para os servidores municipais do legislativo e a manutenção da isenção do vale transporte, que não foram aceitas no ofício respondido pela prefeitura.

“Euclério optou por ser inimigo do servidor”, considera Luciano Constantino.”O que ele puder fazer para minar e retirar ação do servidor para deixá-lo sem poder de reação, ele está fazendo”. Ele reclama da falta de diálogo com os servidores, já que o prefeito reuniu-se apenas uma vez, logo no início do mandato, com uma comissão tirada por assembleia pelo sindicato. “Depois, o sindicato enviou inúmeros ofícios, ele não responde, não sei porque. Não atende ninguém. É um processo antidemocrático”.

A crítica não se refere apenas ao fato de não haver reuniões. O sindicalista indica que durante a gestão de Euclério Sampaio teria aumentado o número de processos administrativos [PAD] contra servidores. “Eram mais de 70 em menos de dois anos, quando calculei meses atrás. É horrível, o servidor se sente ameaçado, coagido pelo município, não tem segurança jurídica para trabalhar”, afirma Luciano, ele mesmo tendo recebido um PAD, apesar de licenciado para atividades sindicais, que considera esse recurso deveria ser utilizado em último caso e em situações de maior gravidade.

Questões como saúde e segurança do trabalho também são pautas caras ao sindicato que não estão sendo acolhidas pela gestão municipal. O Sindismuc alega dificuldade de trabalhadores para conseguir adicional de insalubridade em determinados casos, resultando na necessidade de judicializar a questão, sendo que o sindicato tem conseguido vitórias.

O presidente do sindicato reclama de ações como a retirada da representação da entidade sindical do Conselho de Segurança do Município pela atual gestão e do Conselho de Educação na gestão anterior, fato denunciado para os atuais gestores, mas sem resolução. Além disso, a comissão montada pelos servidores para discutir ajustes no plano de cargos e salários não tem tido retorno do executivo municipal.

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