sábado, novembro 23, 2024
22.1 C
Vitória
sábado, novembro 23, 2024
sábado, novembro 23, 2024

Leia Também:

Nada de novo entre as chapas que concorrem ao comando da Assembleia

Marcelo Santos se mantém como favorito para a presidência e reforça grupo que está no controle desde 2017

Bruno Fritz

A eleição para a presidência da Assembleia Legislativa tem tudo para ser marcada pelo continuísmo da gestão do quase ex-deputado Erick Musso (Republicanos), que encerra seu mandato neste 1º de fevereiro, a se confirmar o favoritismo do deputado Marcelo Santos (Podemos), incensado pelo governador Renato Casagrande (PSB). O candidato é parceiro do presidente que sai, integrante do bloco que controla da Assembleia desde 2017, apesar do revés registrado nas últimas eleições, que desfez parte do grupo.

Do outro lado, o deputado Vandinho Leite (PSDB), oscilando entre desistir da disputa em troca de cargos – nos mais de 300 disponíveis na banca de negócios – e ter lugar garantido na mesa-diretora, ou enfrentar o adversário, buscando o voto aberto.

Para uma perspectiva do ponto de vista do governo, as duas candidaturas se mostram inconfiáveis, na avaliação de um historiador. A de Vandinho, não só pela marca da direita e da extrema-direita da maioria dos membros, apoiadores mais ferrenhos de Jair Bolsonaro (PL), mas também pelo histórico de infidelidade. Do lado de Marcelo, além do continuísmo do mesmo grupo da gestão atual, há também demonstrações de que estão mais ligados aos movimentos da gestão federal anterior.

Os dois grupos, comenta o historiador, estão fora da sintonia dos projetos do governo, mais comprometidos com o cenário construído pelo novo governo federal, que destoa das barbaridades impostas pelo governo anterior, muitas das quais acolhidas por lideranças políticas do Estado. Uma delas, a “invasão” do hospital Dório Silva, Vandinho e aliados no meio, durante a pandemia da Covid 19.

O governador se coloca, desse modo, “entre a forca e a guilhotina”, comenta o historiador, e acrescenta que Casagrande escolheu a primeira, porque do ponto de vista de qualquer governo, o “melhor seria eleger um aliado bem mais próximo e confiável, o que não é o caso de Marcelo Santos”.

Compõem o grupo de Vandinho os deputados Alcântaro (Republicanos); Callegari (PL); Bispo Alves (Republicanos); Theodorico Ferraço (PP); Danilo Bahiense (PL); Capitão Assumção (PL); Coronel Weliton (PTB); Lucas Polese (PL); e Hudson Leal (Republicanos), formando 10 nomes.

Junto a Marcelo, estão: Adilson Espindula (PDT); Allan Ferreira (Podemos); Alexandre Xambinho (PSC); Dary Pagung (PSB); Denninho Silva (União); Dr. Bruno Resende (União); Fabrício Gandini (Cidadania); Iriny Lopes (PT); Janete de Sá (PSB); João Coser (PT); José Esmeraldo (PDT); Lucas Scaramussa (Podemos); Mazinho dos Anjos (PSDB); Pablo Muribeca (Patriota); Raquel Lessa (PP); Tyago Hoffmann (PSB); Zé Preto (PL); totalizando 18. 

A se confirmarem as previsões, o candidato favorito de Casagrande está perto de realizar seus sonhos: ser presidente da Assembleia e depois conselheiro do Tribunal de Contas.

Mais Lidas