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Pedra da Cebola ficará fora de programa que vai autorizar cães em parques

Promessa foi feita pelo prefeito Pazolini à deputada Janete de Sá, atendendo apelo de cuidadores de gatos

O prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini (Republicanos), se comprometeu a manter o Parque da Pedra da Cebola fora do programa que irá autorizar a entrada de cães nos parques da cidade. A decisão foi anunciada nesta quinta-feira (2), em reunião com a deputada Janete de Sá (PSB), vice-presidente da Comissão de Proteção ao Meio Ambiente e aos Animais da Assembleia Legislativa, e com o secretário municipal de Meio Ambiente, Tarcísio José Föeger.

“O prefeito prometeu que, no trabalho que está sendo feito para abrir os parques para animais poderem passear, ele vai excepcionalizar o Parque da Pedra da Cebola, em razão de ter uma situação diferenciada”, declarou Janete, referindo-se principalmente ao apelo feito pelo grupo de voluntários Gatinhos da Pedra da Cebola, que cuidam de mais de 100 gatos no local.

Os demais animais que vivem no local, sob cuidados da prefeitura – como patos, galinhas, gansos, pavão, além de lagartos, gambás e outros animais selvagens -, também foram lembrados. “A Pedra da Cebola não receberá cães, para evitar o estresse e incidentes com a colônia de gatos, aves e répteis que habitam o parque, além de preservar o meio ambiente”, registrou a parlamentar.

A principal argumentação legal utilizada pela deputada foi o Código Estadual de Proteção Animal (Lei Estadual nº 8.060/2005), que proíbe que animais domésticos sejam colocados em ambiente de estresse e que prejudiquem sua dignidade e bem-estar.

A notícia foi imediatamente comemorada pelo grupo de voluntários. “Mais do que feliz, estou aliviado. Não tinha como passar por cima de princípios de preservação e prevenção. Tem coisa muito mais importante do que liberar cachorro. O prefeito ganhou pontos. Precisamos agora estudar melhorias”, celebrou o médico neurocirurgião Fernando Furtado de Melo, um dos voluntários, responsável pela alimentação das oito colônias de gatos.

Arquivo pessoal

“O secretário de Meio Ambiente prometeu instalar câmeras de monitoramento no parque, agora vamos buscar melhorais. E eu quero ajudar. Vamos para o próximo passo agora, fazer o melhor para a sociedade, para todos”, complementou.

O grupo tomou conhecimento da decisão do prefeito Lorenzo Pazolini (Republicanos) no início do mês, quando a previsão era de que a normativa municipal com a mudança nas regras sobre entrada de cães estava prevista para ser publicada no última sexta-feira (24). Com a abertura de um diálogo com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semmam), a publicação foi adiada. Depois, foi realizada uma reunião nessa segunda-feira (27), ainda sem definição. 

“A partir do momento que a prefeitura soltar os cachorros, mesmo com coleira, os gatos vão fugir. As colônias [de gatos] vão ser dizimadas e eles também irão atacar outros animais. Não vejo bom senso nisso”, repudiou Fernando na ocasião.

O grupo contabiliza oito colônias de gatos, além de alguns que vivem mais dispersos. “Todos são castrados e saudáveis, exceto três que foram abandonados essa semana. Mais de 20 estão com mais de sete anos da idade. São alimentados todos os dias, tratados, vermifurgados, fizeram exames de HIV e leucemia de gatos, os que testaram positivos foram retirados de lá. Eles vivem juntos com os outros animais em harmonia. Se fugirem de lá por causa dos cachorros, podem sofrer nas ruas e até invadir as casas das pessoas atrás de comida”, explicou.

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