Com críticas à criação de uma frente dos valores cristãos, comissão irá entregar carta ao presidente da Assembleia, Marcelo Santos
Movimentos sociais, conselhos e organizações religiosas irão formar uma comissão para entregar ao presidente da Assembleia Legislativa, Marcelo Santos (Podemos), e à Comissão de Direitos Humanos uma carta na qual tecem questionamentos a respeito da criação da Frente Parlamentar em Defesa da Vida, da Família e dos Valores Cristãos, proposta pelo deputado Alcântaro Filho (Republicanos). As organizações defendem que a iniciativa tem que ser ampla, abrangendo todos credos, caso contrário, trata-se de um “desrespeito ao Estado laico”.
A formação da comissão será feita em reunião a ser realizada nesta segunda-feira (6), no Comitê de Promoção da Igualdade Étnico-Racial do Ministério Público do Espírito Santo (MPES). Assinam o documento a Federação Espírito-Santense de Cultura e Povos Tradicionais de Matriz Africana (Fescpotma); Irmandade São Francisco de Assis ISFA Àsé Manguinhos; Movimento Negro Unificado (MNU); Coletivo de Entidades Negras do Espírito Santo (Conen-ES); Conselho Municipal de Segurança Alimentar da Serra (Comsea); Comissão dos Presidentes dos Conselhos Municipais de Segurança Alimentar e Nutricional do Espírito Santo (CPCM) e Instituto Defesa do Verde de Serra (Ideves).
Na carta, é resgatada outra ação da Assembleia Legislativa que, de acordo com as organizações, fortalece a intolerância religiosa: a aprovação da Resolução nº 1.337, de 1978, que estabelece que a bíblia tenha espaço na Casa de Leis.