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PF cumpre novos mandados em investigação sobre atos golpistas

No Espírito Santo, ações são realizadas em Cariacica. Outros nove estados são alvos da operação

Marcelo Camargo/ABr

A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta sexta-feira (17), a oitava fase da Operação Lesa Pátria, com o objetivo de identificar os responsáveis por participar, financiar, omitir ou fomentar os fatos ocorridos no dia 8 de janeiro em Brasília, quando o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF) foram invadidos por indivíduos que promoveram violência e dano generalizado. No Espírito Santo, são cumpridos mandados de busca e apreensão e de prisão em Cariacica.

Os policiais federais executam, ao todo, 46 mandados de busca e apreensão e 32 mandados de prisão preventiva, envolvendo ainda os estados da Bahia, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Paraná, Rondônia, Rio Grande do Sul, São Paulo e Distrito Federal.

Entre os alvos, segundo divulgou o jornal Folha de S.Paulo, está Débora Santos, flagrada pichando a estátua da Justiça em frente ao prédio do STF, com a frase “perdeu mané”; o invasor do que sentou na cadeira do ministro Alexandre de Moraes, relator das investigações sobre atos antidemocráticos; e o cidadão que levou a bola autografada pelo atacante da seleção brasileira Neymar da Câmara dos Deputados.

Ainda não há informações sobre os nomes no Espírito Santo. Os atos antidemocráticos registraram participação de mais de 40 capixabas, alguns ainda presos, outros cumprindo medidas cautelares. O grupo, ligado ao bolsonarismo, saiu de Vitória em caravana até Brasília.

Segundo a investigação, os fatos investigados indicam os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.

Nessa quinta-feira (16), Alexandre de Moraes finalizou a análise de todos os pedidos de liberdade provisória feitos pelas defesas das pessoas presas. Foram concedidas liberdades provisórias para mais 129 denunciados, que poderão responder em liberdade mediante medidas cautelares, como tornozeleira eletrônica. Outras 294 pessoas permanecem presas – 86 mulheres e 208 homens.

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