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Ministério da Saúde vai acelerar vacinação das bivalentes contra Covid-19

Estratégia definida com secretarias estaduais e municipais visa abranger todos os grupos prioritários

Sesa

A baixa adesão da população às vacinas bivalentes contra a Covid-19 tem forçados os gestores a pensarem em estratégias de elevar a imunização da forma mais rápida e eficiente possível. Nesta segunda-feira (20), a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA) do Ministério da Saúde, a epidemiologista Ethel Maciel, anunciou em suas redes sociais uma decisão tomada com esse objetivo, em conjunto com os Conselhos Nacionais de Secretários de Saúde Estaduais e Municipais (Conass e Consems, respectivamente).

“Pensando na aceleração da vacinação de grupos prioritários, a SVSA, juntamente ao Conass e Consems, traçou a nova estratégia para as vacinas bivalentes. Dessa forma, todos aqueles que se encaixarem nas especificações dos grupos prioritários poderão se vacinar”.

Nesta segunda-feira também o calendário do Ministério da Saúde inclui a vacinação de gestantes e puérperas (até 45 dias após o parto), medida que havia sido antecipada por algumas prefeituras, como Vitória e Vila Velha, na última semanaNa Capital, além da bivalente para gestantes e puerpérias, pessoas com 60 anos ou mais e imunossuprimidos com 12 anos, serão ofertadas vagas para a vacinação infantil (Pfizer Pediátrica e Pfizer Baby), e ainda para a aplicação da primeira, segunda, terceira e quarta dose.

Na última terça-feira (14), a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) informou que apenas 62 mil das 300 mil pessoas que fazem parte do primeiro grupo prioritário de imunização contra Covid-19 com vacinas bivalentes haviam sido imunizadas.

Na ocasião, o subsecretário de Estado de Vigilância em Saúde, Luiz Carlos Reblin, alertou para a tendência de o número de casos de Covid-19 aumentar entre o final de março e início de abril, por ser um período de queda de temperatura. Somado à baixa procura pela vacinação bivalente, podem ocorrer mais internações e óbitos entre pessoas dos grupos prioritários. Hoje, o Estado vive um momento de estabilidade pós aumento de notificações devido ao Carnaval.

Reblin destacou que o Espírito Santo registra de 40 a 60 internações por Covid-19 por dia, sendo que 85% delas é de pessoas com esquema vacinal incompleto. A adesão à primeira dose foi de 95%, nas segunda, terceira e quarta foram, respectivamente, 85%, 52% e 25%. Em janeiro, informa, foram registrados 6 mil casos de Covid-19. No mês de fevereiro, 2 mil. Em março, 1,3 mil.

O calendário inicialmente definido pelo Ministério da Saúde previa que apenas em 17 de abril as bivalentes seriam disponibilizadas para os demais grupos prioritários, que incluem: trabalhadores da saúde, pessoas com deficiência permanente (a partir 12 anos); população privada de liberdade (a partir de 12 anos); adolescentes cumprindo medidas socioeducativas (menores de 18 anos); e funcionários do sistema de privação de liberdade.

A vacinação com as bivalentes teve início no Espírito Santo no dia 27 de fevereiro. Os primeiros grupos prioritários elegíveis foram as pessoas com 70 anos e mais; além das pessoas vivendo em instituição de longa permanência e seus trabalhadores; pessoas imunocomprometidos; indígenas; ribeirinhos; e quilombolas – todos a partir de 12 anos de idade.

Para receber as doses, é essencial que a pessoa tenha o esquema vacinal primário (D1+D2) completo e tomado a última dose monovalente, seja de reforço ou a D2, no intervalo de quatro meses. O Estado já recebeu 129,6 mil doses da vacina bivalente e o Ministério da Saúde já sinalizou uma nova remessa para esta semana, com o envio de pouco mais de 220 mil doses. Para esta primeira etapa, a expectativa é de que 320,8 mil capixabas sejam imunizados.

‘Vacina não é remédio’

Como bem afirma a secretária da SVSA, “vacina não é remédio”, por isso a necessidade de que todos façam a adesão às campanhas. “Vacinação é estratégia coletiva. Se você comprar e se vacinar e todo seu entorno não vacinar, o vírus pode fazer uma mutação e sua vacina não servir para nada”, destaca Ethel Maciel.

“Sabe por que a OMS trabalha para que todos os países se vacinem? Porque se alguém em algum lugar ficar sem vacinação, e o vírus fizer uma mudança em sua estrutura, todo o esforço será perdido. Repetindo para que todos entendam: vacina é estratégia coletiva. Precisamos do maior número em todos os lugares vacinados. Imunidade coletiva. Nossa briga deve ser acesso universal as vacinas e não ‘eu tenho dinheiro e posso pagar para me salvar’. Ninguém se salva sozinho se não salvar todos. Essa é a lição do vírus, ou entendemos, ou afundamos juntos”, complementa.

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