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Casagrande se reúne nesta terça-feira com movimentos sociais

Reunião com o governador é aguardada desde o fim das eleições, para efetivar cumprimento de acordos

O governador Renato Casagrande (PSB) finalmente irá receber movimentos sociais com os quais assinou termos de compromisso no segundo turno das eleições. O encontro será no final da tarde desta terça-feira (28). A iniciativa foi da gestão estadual. Nesse sábado (25), a secretária estadual de Direitos Humanos, Nara Borgo, entrou em contato com o Fórum Igrejas e Sociedade em Ação para agendar.

O Fórum acredita, entretanto, que a procura por parte do gestor foi motivada pela pressão popular, após repercussão das matérias de Século Diário que tratavam da organização dos movimentos em busca da abertura de diálogo. Uma plenária chegou a ser realizada, quando os movimentos deliberaram demandar Casagrande sobre a reunião, em conjunto.

“A gente espera que seja, de fato, para nos ouvir e abrir diálogo”, diz o coordenador do Fórum, Giovani Lívio. Há ainda no grupo organizações das áreas da educação e da saúde, centrais sindicais e partidos políticos. A Comissão de Promoção da Dignidade da Pessoa da Arquidiocese de Vitória (CPDH) também se fará presente.
“Somente com pressão popular as portas do Palácio Anchieta se abrem. Mas esperamos que se abram também para as demandas que a sociedade capixaba tem urgência em ver resolvidas”, ressalta Giovani.

Desde que Casagrande saiu vitorioso nas urnas, os movimentos sociais que o apoiaram se queixam da falta de diálogo para colocar em prática os compromissos firmados.

A decisão de realizar uma plenária para cobrar uma resposta do governador foi tomada, conforme afirma Giovani, porque “Casagrande não recebe ninguém” e “não adianta cada grupo ir individualmente”. Para ele, juntos, os movimentos conseguirão mostrar que “não são um ou dois que querem diálogo, mas uma parcela grande da população que votou nele”. A situação é a mesma em relação ao secretariado, acrescenta.
Com o Fórum, que é vinculado ao Vicariato para Ação Social, Política e Ecumênica da Arquidiocese de Vitória e composto por vários movimentos sociais, Casagrande assinou um documento com 13 reivindicações para serem efetivadas por meio de Grupo de Trabalho (GT) com participação igualitária entre representantes do governo e da sociedade civil, a ser instituído pelo gabinete do governador. A ideia é que o GT seja consultivo, com o objetivo de propor ações e acompanhar sua implementação e execução.
No mesmo dia, Casagrande assinou, em seu comitê, com o Movimento Negro do Estado, o documento “Demandas Negras Estruturantes para Equidade Racial e Combate ao Racismo no Estado do Espírito Santo”. Outro dos muitos compromissos assumidos por Casagrande no segundo turno foi o de pagar o piso salarial para a Enfermagem a partir de janeiro deste ano, o que não aconteceu.

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