Contrato do governo com a Companhia de Ópera do Espírito Santo poderá ser renovado por até 20 anos
A Companhia de Ópera do Espírito Santo (Coes) agora é responsável pela gestão administrativa da Orquestra Sinfônica do Espírito Santo (Oses), como consolidado em contrato assinado nesse domingo (26). O desfecho do processo ocorre na contramão de mobilização do Sindicato dos Servidores Públicos do Estado do Espírito Santo (Sindipúblicos), que classifica a mudança como privatização e reitera o temor de prejuízos aos servidores efetivos.
O presidente da entidade, Iran Milanez Caetano, afirma que irá cobrar da gestão de Renato Casagrande (PSB) como irão funcionar as questões administrativas relacionadas a esses servidores. “Queremos saber quem vai tratar disso, como ficarão questões como jornada de trabalho e hora extra, pois não queremos que os trabalhadores saiam prejudicados na mudança de gestão”, ressalta.
Segundo o sindicato, a orquestra possui atualmente 57 músicos, sendo 22 servidores efetivos e 35 em designação temporária (DTs). Neste tipo de orquestra, geralmente o número de músicos se situa entre 80 e 100. Os servidores defendiam a realização de concursos públicos para recompor esse déficit de profissionais.
O contrato inicial da Coes para gestão da Oses é de três anos, podendo ser renovado em comum acordo para um prazo máximo de 20 anos. O edital para contratação de OS para a gestão da Orquestra tinha sido lançado em julho de 2022 e suspenso em agosto. Foi reaberto no dia 16 de setembro, com prazo de 45 dias para apresentação de propostas, prazo este finalizado justamente no dia em que o governador Renato Casagrande (PSB) foi reeleito. O resultado da seleção foi divulgado dia 3 de janeiro de 2023.