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Missão árdua

Ex-governador Paulo Hartung entra nas estratégias do MDB Nacional para as eleições de 2024

Leonardo Sá

Sem partido desde o final de 2018, quando recuou da candidatura à reeleição devido a arranhões na imagem, o ex-governador Paulo Hartung entrou nas estratégias do MDB Nacional para as eleições de 2024. A legenda, que tem como meta superar o número de 784 prefeituras eleitas em 2020 pelo País, quer que Hartung comande a executiva estadual, para reorganizá-la e começar a recuperar espaços, todos perdidos. O convite, feito por Baleia Rossi, foi divulgado pela coluna Painel, da Folha de S.Paulo, que apontou “aparente animação” do ex-governador. Caso aceite, de fato, será retirada do posto a ex-senadora Rose de Freitas, que contribuiu para agravar a situação do partido em 2022, ao não apresentar chapa à Câmara Federal. Na disputa à Assembleia Legislativa, o MDB também teve participação inexpressiva. A legenda ficou à mercê das articulações de Rose com o governador Renato Casagrande (PSB), para garantir sua reeleição, o que também não aconteceu. Na eleição municipal passada, já enfrentando guerras internas e esvaziamento, o MDB saiu da posição de 17 prefeituras para oito. Isso sem falar na debandada mais recente de filados históricos, como Guerino Zanon, Luzia Toledo, José Esmeraldo e Dr. Hércules. Quer dizer, a meta de devolver ao partido o protagonismo no Estado é árdua! Hartung de volta à “casa”?

Cenário atual
No caso da disputa de 2024, quatro prefeitos do MDB vitoriosos em 2020 já ficarão de fora, por cumprirem reeleição: Edimilson Meireles, de Irupi; Borel, de Alto Rio Novo; Josafá Storch, de Laranja da Terra; e Herminio Hespanhol, de Mantenópolis. Outro reeleito era Guerino, que migrou para o PSD após ser barrado por Rose no projeto de disputar o governo em 2022.

Cenário atual II
Completam o time do partido nos municípios Atanael, de Mucurici; Elieser Rabello, de Vargem Alta; e Edmilson Elyziário, de Rio Bananal.

No ar
As perguntas são: como seria a configuração com Hartung? E sem ele? Na falta do ex-governador, a quem Baleia Rossi delegaria a missão? Para Rose, parece sem chance. Voltaria o MDB para o comando de Lelo Coimbra, o único que ficou na área, já interessado em recuperar o posto?

Juntos e misturados
Hartung, como se sabe, “vai muito bem, obrigado” nos espaços e com as empresas que sempre beneficiou durante seus governos. É presidente-executivo do Instituto Brasileiro de Árvores (IBÁ), que representa as gigantes da monocultura do eucalipto, como a Suzano Papel e Celulose, e, recentemente, entrou para o Conselho de Administração da Vale.

Centro das atenções
No ano passado, o ex-governador também ficou do jeito que gosta. Incensado na imprensa nacional a disputar vários cargos, inclusive de presidente, fez seus tradicionais jogos de sinalizar candidaturas, se mantendo em evidência, mas não foi a lugar algum. Depois ficou reconhecido como um dos principais articulares de uma terceira via, que não chegou nem perto de vingar.

Marca
Nesse meio tempo, declarou aposentadoria da carreira eleitoral, mas não das articulações políticas. Nas internas do Estado, se faz igualmente presente. Retornar ao MDB o coloca direta e oficialmente no circuito novamente, mas, sempre bom lembrar: Hartung não suporta sair de perdedor ou ter o “filme queimado”. Veremos se vai imprimir sua marca num MDB em frangalhos.

E cadê Lelo?
O ex-presidente do partido no Estado ensaiou disputar a Câmara Federal novamente, mas desistiu. Nas eleições de 2022, integrou o projeto de Guerino ao governo.

Nova direção
O PSD já havia virado, àquela altura, o mais novo abrigo partidário de Hartung, reunindo ainda seu braço direito, José Carlos da Fonseca Júnior, Neivaldo Bragato e o ex-vice-governador e ex-deputado, César Colnago. Mas também registrou desempenho baixo nas eleições e ruídos internos. Neste ano, passou para as mãos do ex-deputado estadual Renzo Vasconcelos.

Nova direção II
Renzo disputou a Câmara Federal pelo PSC e obteve 82,2 mil votos, a terceira maior posição do Estado. Não entrou, devido à regra do quociente eleitoral, mas ganhou moral e tamanho. Ele tem reduto eleitoral em Colatina, o que coloca seu nome em evidência para 2024. Fez campanha para Casagrande, mas depois recusou a assumir uma pasta no secretariado. O que será do PSD versus Hartung nessa configuração? Veremos!

Uma atrás da outra
Sobre Colnago, citado aqui em cima, vale relembrar o caos: ele deixou a legenda depois de não conseguir efetivar nenhuma de suas metas eleitorais: disputar o governo e, depois, compor com Guerino no Senado. Foi, literalmente, “jantado” pelo partido. Antes, já havia se despedido do PSDB, depois de 30 anos, por motivos semelhantes.

Nas redes
“Três anos depois da primeira morte por Covid-19, chegamos à marca de 700 mil vidas perdidas para a doença. Não são só números. Perdemos mães, pais, filhos, avós, netos, irmãos, amigos, amores, afetos, pessoas que guardamos no coração com uma saudade infinita (…) Nada apaga a dor da morte de um ente querido, mas cobraremos a punição dos criminosos que identificamos em nosso trabalho na CPI”. Fabiano Contarato, senador pelo PT.

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