Dos 43 óbitos confirmados, 24 tinham uma ou mais doenças pré-existentes, com destaque para hipertensão
As comorbidades são doenças ou condições que podem potencializar os riscos à saúde, no caso de o portador vir a se infectar com algum agente patogênico. No caso da dengue, aponta a Sesa, os dados têm mostrado que a maioria dos óbitos tem outras doenças de base, com destaque para a hipertensão, registrada em 18 das 24 mortes.
Na sequência, foram identificadas diabetes (9), hepatopatias (1), doenças autoimunes (1), doenças hematológicas (1), doenças respiratórias (1) e outras (2).
Outro dado é em relação à faixa etária. Cerca de 76% ocorreram em pessoas com mais de 40 anos, sendo entre 80 e 89 anos a de maior ocorrência, com 11 óbitos, seguida da de 60 a 69 anos, com nove.
Foram confirmados ainda um óbito nas faixas etárias de 0 a 9 anos e de 30 a 39 anos; dois nas faixas etárias de 30 a 39 anos e 90 a 99 anos; quatro de 70 a 79 anos; seis de 40 a 49 anos; e sete de 50 a 59 anos.
Do total de mortes por dengue até o momento, 28 eram mulheres e 15 homens. O Espírito Santo registra epidemia da doença, além de curva crescente de casos notificados das demais arboviroses, como chikungunya e zika.
O subsecretário de Estado de Vigilância em Saúde da Sesa, Orlei Cardoso, ressalta, porém, que “é importante que todos, tendo ou não comorbidade, possam se cuidar contra a dengue, ajudando na fiscalização dos locais, na limpeza e utilizando repelente”, e que se mantenham vigilantes: “teve febre, dores de cabeça e no corpo, procure um serviço de saúde e inicie, desde já, a hidratação, com a ingestão de água, soro caseiro e sucos”, orienta.
O Centro de Operações de Emergência Arboviroses foi criado pela Sesa no final de março, para enfrentamento às arboviroses, com ações estruturadas e articuladas, para ampliar a capacidade técnica da gestão do Sistema Único de Saúde (SUS) em conduzir respostas à situação epidemiológica causada, especialmente, pela dengue.
Em prestação de contas na Assembleia Legislativa, o secretário de Estado da Saúde, Miguel Paulo Duarte Neto, informou mais de 71 mil casos, somente no primeiro trimestre deste ano. No mesmo período em 2022, foram contabilizados pouco mais de 2,8 mil casos.