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Quatro deputados capixabas declaram voto a favor das novas regras fiscais

Levantamento mostra ainda um voto contrário, de Evair de Melo, enquanto outros cinco não quiseram se posicionar

Dos 10 deputados do Espírito Santo na Câmara Federal, quatro já declararam voto a favor da aprovação das novas regras fiscais para as despesas da União, o chamado arcabouço fiscal, que serão analisadas nesta quarta-feira (24) em plenário. A medida substituirá o atual teto de gastos.

Essa disposição é mostrada em levantamento realizado pelo jornal Estadão, que aponta ainda um voto contrário, do deputado bolsonarista Evair de Melo (PP). Os favoráveis ao projeto são Helder Salomão e Jack Rocha, do PT, Paulo Foletto (PSB) e Gilson Daniel (Podemos).

Já os demais integrantes da bancada não quiseram se posicionar.  São eles: Gilvan da Federal (PL) e Messias Donato (Republicanos), Da Vitória (PP), Victor Linhalis (Podemos) e Amaro Neto (Republicanos).
O levantamento do Estadão começou a ser realizado depois da aprovação do requerimento de urgência, na semana passada, por 367 votos a favor e 102 contra, inclusive com apoio de deputados de partidos de oposição, que possibilita que o texto seja analisado sem passar pelas comissões. A perspectiva de líderes da base governista é que o projeto seja aprovado com ampla margem. Caso isso ocorra, seguirá para análise do Senado.
Chamado de Regime Fiscal Sustentável pelo relator, deputado Cláudio Cajado (PP-BA), segundo a Agência Brasil, “o projeto prevê que, no caso de descumprimento das metas, haverá contingenciamento (bloqueio) de despesas discricionárias”.
A proposta estabelece o chamado sistema de bandas para o resultado primário, estabelecido na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) aprovada anualmente, e critérios para a correção das despesas públicas. O modelo prevê um piso e um teto para os gastos do governo.
O novo arcabouço fiscal limitará o crescimento da despesa a 70% da variação da receita dos 12 meses anteriores. O texto de Cajado altera o período de inflação considerado para a correção das despesas para julho de 2022 a junho de 2023. Segundo o parlamentar, a medida permitirá a aplicação das novas regras no Orçamento de 2024, com um valor já realizado. O governo havia proposto considerar somente a inflação de 2023, fazendo uma estimativa para o valor anual.
“Optamos em não trabalhar com estimativas, mas em dar o realismo orçamentário e ‘possibilitar’ a incorporação na base de tal diferença de inflação. Sem esse ajuste, o substitutivo reduziria cerca de 2% do limite de despesas de 2024 (em torno de R$ 40 bilhões), sem considerar os efeitos na inflação do segundo semestre da nova política de preços de combustíveis anunciada pela Petrobras. O que fizemos no substitutivo foi criar uma regra para que não houvesse essa perda”, afirmou o relator.
Em momentos de maior crescimento da economia, a despesa não poderá crescer mais de 2,5% ao ano acima da inflação. Em momentos de contração econômica, o gasto não poderá aumentar mais que 0,6% ao ano acima da inflação.

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