Ex-secretária concorreu com o atual prefeito, Euclério Sampaio, e chegou em segundo lugar, com 41,3% dos votos
A homologação da justa causa em ação que tramita no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) é o sinal verde que o PT de Cariacica aguarda para ampliar as articulações em torno do nome da professora Célia Tavares, para voltar a lançá-la pré-candidata à prefeitura do município. Esse contexto, apontado nos meios políticos, se vier a se confirmar, colocará na disputa em 2024 a mesma dupla da eleição de 2020, que deu a vitória ao atual prefeito, Euclério Sampaio (União), com 58,69% dos votos. Célia ficou em segundo lugar, com 41,31%.
Célia Tavares é aliada do deputado federal Helder Salomão e ex-prefeito de Cariacica, do qual foi secretária de Educação. Ela foi pré-candidata avulsa ao Senado em 2022, mas teve sua pretensão impedida pela conjuntura nacional, por força do acordo PT-PSB, para favorecer a eleição do hoje presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a reeleição do governador Renato Casagrande.
“A homologação pode sair a qualquer momento”, diz o advogado Fernando Dilen, que encaminha na Justiça Eleitoral a ação para que André Lopes, que é presidente do diretório em Cariacica, possa deixar o partido sem perder o mandato. “O Ministério Público já deu parecer favorável”, acrescenta o advogado.
Célia Tavares é aliada do deputado federal Helder Salomão e ex-prefeito de Cariacica, do qual foi secretária de Educação. Ela foi pré-candidata avulsa ao Senado em 2022, mas teve sua pretensão impedida pela conjuntura nacional, por força do acordo PT-PSB, para favorecer a eleição do hoje presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a reeleição do governador Renato Casagrande.
Na época, em carta aberta ao público, Célia afirmou: “Informo aos companheiros e companheiras, às diversas lideranças que me apoiaram nesta trajetória, que a direção nacional do PT e a federação ‘Brasil da Esperança’ decidiram por não ter uma candidatura própria ao Senado no Espírito Santo”.
“A homologação pode sair a qualquer momento”, diz o advogado Fernando Dilen, que encaminha na Justiça Eleitoral a ação para que André Lopes, que é presidente do diretório em Cariacica, possa deixar o partido sem perder o mandato. “O Ministério Público já deu parecer favorável”, acrescenta o advogado.
Já André Lopes afirma que aguarda a decisão final do processo, mas se resguarda de comentar sobre definição partidária, apesar de ser apontado como atuante da base de sustentação do prefeito Euclério Sampaio na Câmara de Vereadores. O vereador, o único do PT no município, fez acordo com a executiva estadual para não perder o mandato.
Apesar da indefinição de pré-candidaturas, PT e a atual gestão de Cariacica se mantêm em campos opostos. Nas redes sociais, o embate se torna público e um dos mais recentes ocorreu em 18 de abril. Postagem atribuída à prefeitura ataca Célia Tavares, responsabilizando-a por “informações falsas” sobre o fechamento de uma escola do campo em Roda D’Agua.
Em resposta, na rede social Instagran, Célia afirmou: “A comunidade de Roda D’Água fez uma manifestação contra o fechamento da Escola do Campo e a prefeitura resolveu me atacar. “Como podem ver [publicou foto], pelos panfletos, a ação foi da comunidade e do Comitê de Educação do Campo do Espírito Santo. Pelo ataque que sofri, faço as seguintes perguntas: é fake a manifestação da comunidade? Não estaria faltando diálogo e transparência na relação com a comunidade? As pessoas designadas pela prefeitura para tratar do assunto tem competência e respeito pela Escola do Campo?”.
Ela continua:
“Por fim, penso que talvez o ataque seja resultado da lei da mordaça instituído na Administração ou pelo fato de que a Escola do Campo foi criada quando fui secretária de Educação no governo Helder Salomão. Se a prefeitura estiver precisando de ajuda para tratar com mais respeito, competência e transparência a Educação do Campo, me coloco à disposição”, ironizou.