Anderson Goggi apontou que “o veto do prefeito está totalmente errado” e que não tem “dificuldade em subir o tom”
A polêmica sobre o aumento salarial dos vereadores de Vitória a partir de 2015 ainda não terminou. Nesta quarta-feira (7), foi adiada a votação que decidiria sobre a manutenção ou não do veto do prefeito Lorenzo Pazolini (Republicanos) à proposta aprovada no último dia 2 de maio, saltando o salário dos vereadores de R$ 8,9 mil para 17,6 mil.
A proposta de adiamento foi apresentada pelo vereador Luiz Paulo Amorim (SD), depois de conversas em plenário com o presidente da Câmara e integrantes do bloco de sustentação de Pazolini no legislativo.
Em um processo acelerado conduzido pelo presidente da Câmara, Leandro Piquet (Republicanos), da base do prefeito, depois de conversas entre blocos no plenário, os vereadores concordaram em deixar a análise do veto para outra data. No dia anterior, essa terça (6), a Comissão de Constituição de Justiça (CCJ), formada por vereadores aliados do prefeito, decidiu por unanimidade pela manutenção do veto.
Em discurso na tribuna da Câmara, Anderson Goggi (PP) apontou que “o veto do prefeito está totalmente errado” e que não tem “dificuldade em subir o tom”, ao refutar o argumento da Procuradoria-Geral de Vitória para vetar o projeto, objetivo de crítica, também, de Piquet.
Segundo Goggi, o parecer da Procuradoria foi contrário à conversa de vereadores com o secretário de Governo, Arideldo Teixeira, apontando articulação para manutenção do veto, a fim de evitar a ampliação do desgaste da imagem de Pazolini junto à população.
Com o adiamento, permanece a polêmica em torno do assunto, que envolve pré-candidaturas às eleições de 2024 e articulações partidárias. Pazolini é apontado como concorrente no pleito, da mesma forma que a maioria dos vereadores. Para evitar desgaste, o prefeito teria acertado que silenciaria sobre o aumento, deixando a questão no âmbito da Câmara, o que não ocorreu, desagradando inclusive integrantes da base política.
A proposta de aumento foi apresentada em maio passado pelos vereadores Aloísio Varejão (PSB), Luiz Paulo Amorim (SD) e Maurício Leite (Cidadania), que votaram a favor, juntamente com Anderson Goggi (PP), Chico Hosken (Podemos), Dalto Neves (PDT), Duda Brasil (UB) e Karla Coser (PT). Votaram contra André Brandino (PSC), André Moreira (PSol), Davi Esmael (PSD), Leonardo Monjardim (Patri) e Vinicius Simões (Cidadania).