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PL no jogo

Na semana da Festa de Cachoeiro, Callegari mira na gestão de Victor Coelho e joga luz na sucessão de 2024

Victor Thomé/Ales

Com frases como “devo tudo a Cachoeiro”, lembrando que foi no município que se constituiu politicamente e tem grande parte do seu eleitorado, o deputado estadual Callegari (PL) aproveitou a semana da tradicional festa da cidade para disparar contra o prefeito Victor Coelho (PSB), de saída do segundo mandato, e o governador Renato Casagrande (PSB). Tudo no plenário da Assembleia Legislativa, que agora todo dia é dia de eleição! Callegari mirou o alvo na atual gestão, apontando “muitos problemas”, “estagnação econômica” e “estrangulamento de negócios”, para em seguida atribuir o cenário à “ingerência do governo do Estado, que transformou o município numa “colônia de exploração” do grupo de Casagrande e do PSB. Criticou, ainda, que numa cidade com mais de 200 mil habitantes, a gestão tenha cinco secretários de fora. O deputado avisou que não será candidato em 2024, mas o foco, inevitavelmente, remente ao pleito, que já provoca intensas movimentações de lideranças. Por lá, o PL tem o vereador de oposição Júnior Corrêa, que no ano passado, marcou 37,7 mil votos na disputa à Câmara dos Deputados. Sem dúvidas, é uma peça do jogo. E as outras?

Indefinido
No caso de Victor Coelho, ainda não me parece claro quem será, de fato, o nome da sucessão. Se produzirá uma solução caseira ou apoiaria alguém, o que também não me sinaliza, por ora, caminhos. Sigo de olho!

Indefinido II
Na Assembleia e de Cachoeiro, dois deputados estão na base de Casagrande: Allan Ferreira, do Podemos, partido mais do que aliado da atual gestão, e Dr. Bruno Resende, do União, liderado pelo secretário de Estado de Meio Ambiente, Felipe Rigoni.

No páreo
Outras projeções são o adversário de Coelho em 2020, Diego Libardi, apadrinhado pela família Ferraço. Ele agora está no Republicanos e em Vitória, ao lado de Lorenzo Pazolini, onde assumiu, não tem muito tempo, a Secretaria de Cidadania, Direitos Humanos e Trabalho. Ao disputar a Prefeitura de Cachoeiro, completará apenas um ano no cargo.

No páreo II
Libardi participou de duas eleições seguidas. Depois da derrota para Victor, por 53,2% contra 17,7%, tentou uma cadeira de deputado federal, mas não levou. Recebeu 18,7 mil votos. Um palanque no município atende aos planos do Republicanos, comandado por Erick Musso, de ampliar o número de prefeituras em 2024. O partido fez 10 na última disputa municipal, mas caiu para seis.

Terreno
Pensando em Cachoeiro, os campeões de votos foram justamente o vereador do PL e Libardi, cacifando terreno para 2024. Duas outras lideranças tentaram o mesmo cargo na Câmara dos Deputados no ano passado, porém, com votações bem mais baixas: o presidente da Câmara de Cachoeiro, Bráz Zagotto (Podemos), com 9,8 mil, e a ex-vereadora Renata Fiório (PP), com pouco mais de 4 mil.

Figura repetida
Assim como ocorre em toda eleição, também não ficam de fora as cotações em torno da família Ferraço. Ou melhor, da ex-deputada federal Norma Ayub. Ela sempre aparece como possível peça do tabuleiro de prefeituras do sul do Estado. Norma não conseguiu se reeleger em 2022, mas cravou 37,9 mil votos. Em 2020, tentou a Prefeitura de Marataízes, sem êxito. Onde irá aportar em 2024?

E o PT?
Na esteira do Governo Lula e no crescimento conquistado pela legenda no ano passado, é regra uma candidatura num polo como Cachoeiro. Mas, tudo indica, sem novidades. Vem por aí, de novo, o ex-prefeito Carlos Casteglione!

Por falar nisso…
Em Cariacica, um dia depois de mais uma rodada de exaltação ao prefeito Euclério Sampaio (União) na Assembleia, de onde ele saiu até com a reeleição declarada, as redes sociais do deputado federal Helder Salomão (PT) divulgaram recortes sobre o município. Começa assim: “Você sabia? Que quando o ex-prefeito Helder Salomão assumiu a prefeitura de Cariacica, em 2005, encontrou uma dívida de R$ 115 milhões e a administração totalmente desestruturada?”.

Prestação
Na sequência, ele faz tipo uma prestação de contas no ponto específico do funcionalismo. “O primeiro passo de nossa gestão foi colocar as finanças em dia e uma das primeiras dívidas pagas foi o salário dos servidores públicos que, além de defasados, estava dois meses atrasado”. Depois, cita medidas realizadas em oito anos, como concursos públicos, capacitações e instituição do plano de cargos e salários do magistério e servidores em geral.

Reboque
Helder, que sempre é cogitado a disputar novamente a prefeitura, como se sabe, é o principal cabo eleitoral da professora Célia Tavares, que foi sua secretária de Educação. Ela é a única adversária sinalizada até agora para disputar contra Euclério no ano que vem, reeditando a disputa de 2020. O deputado tem um ponto favorável a mais para explorar num possível reforço ao palanque: foi o campeão de votos à Câmara em 2022.

Nas redes
“Acompanhamos com angústia os conflitos no último domingo no bairro Gurigica que resultaram na morte de três pessoas. Toda solidariedade aos familiares das vítimas e à comunidade! Acabamos de aprovar na Comissão de Direitos Humanos uma diligência no Território do Bem (Vitória) para ouvir a comunidade acerca da política de segurança pública na região”. Camila Valadão, deputada estadual pelo Psol.

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