sábado, novembro 23, 2024
23.9 C
Vitória
sábado, novembro 23, 2024
sábado, novembro 23, 2024

Leia Também:

Metas e projeções

Previsões prioritárias do PT para 2024 incluem 10 municípios capixabas. Destaque, por razões óbvias, para a Capital, com Coser

Leonardo Sá

O início das conversas que irão definir estratégias do PT para o pleito de 2024, realizada pelo Grupo de Trabalho Eleitoral (GTE), já sinaliza dois pontos prioritários: apresentar candidaturas às prefeituras nos municípios com mais de 100 mil habitantes e articular alianças com partidos que já integram a base do governo, para garantir alcance até 2026, na disputa à reeleição do presidente Lula. Essa primeira tática incluiria, no Espírito Santo, dez municípios capixabas, alguns que registraram petistas como cabeças de chapa em 2020, a maioria, porém, sozinha, sem conseguir fechar coligações, e também sem êxito nas urnas. O destaque do ano que vem, por razões óbvias, é a Capital do Estado, novamente com o ex-prefeito e atual deputado estadual João Coser, que teve seu nome lançado no mercado com bastante antecedência e também logo incorporou o papel de candidato. Nos demais municípios da região metropolitana, também são claras as sinalizações em Cariacica, com Célia Tavares, outro cenário repetido do último pleito municipal, e, mais recentemente, entrou em cena a Serra, com o anúncio de filiação da vereadora Elcimara Loreiro. No interior, é considerado certo o retorno do ex-prefeito Carlos Casteglione à corrida em Cachoeiro de Itapemirim. As demais cidades desse bolo seriam Guarapari, Vila Velha, Linhares, São Mateus, Colatina e Aracruz, que apresentaram palanques em 2020, mas ainda em cenários não tão evidentes para 2024. O tabuleiro final terá a meta de atingir o que ficou muito distante há três anos, com disputas competitivas somente em Vitória e Cariacica, valendo-se, agora, de um cenário de fato favorável: o presidente Lula como cabo eleitoral e avanços incontestáveis nas eleições de 2022.

Na frente
Na Serra, o campo se difere dos demais municípios que já rodam no mercado, porque não há somente um nome. Tempos atrás, lançou-se na disputa, em evento partidário e publicamente, o jornalista Ronaldo Cassundé. Outra possibilidade é o ex-deputado estadual Roberto Carlos. Mas, pela lógica, Elcimara sai na frente. A vereadora foi eleita pelo PP e negociou sua mudança sem perder o mandato.

Incógnita
Em Vila Velha, a não ser José Carlos Nunes, atual secretário estadual de Esportes, e Rafael Primo, subsecretário de Estado de Gestão Administrativa e Financeira da Secretaria de Estado de Direitos Humanos, não vejo outras opções para o PT. Nunes não mostra essa carta ainda e Rafael faz postagens nas redes sociais com foco no município, mas dizem que sairá para vereador.

Testados
No mais, o que se sabe, por enquanto, entre esses dez municípios, é que o partido lançou, em 2020, os seguintes candidatos em Guarapari, Linhares, Colatina, Aracruz e Conceição da Barra: Bárbara Hora, Prof. Antônio de Freitas, Genivaldo Lievore, Adilson Simão e Enéas Zanelato. Vai repetir a dose?

Balanço
A conta total de candidaturas a prefeituras no pleito passado foi 16. Mas o partido não tem nenhuma para chamar de sua, há anos. Em outros 22 municípios, apenas apoiou palanques. De cinco nomes que tentaram a vice, só conseguiu emplacar um, Efren, em Águia Branca, com Jailson Quiuqui (Cidadania), eleito prefeito.

Balanço II
Nas câmaras municipais, reduziu mais da metade de tamanho em relação a 2016, que já era pequeno, mas voltou ao legislativo de Vitória, com Karla Coser, aposta alta para 2024, e manteve André Lopes em Cariacica, que agora está agora de saída do partido. Em contrapartida, o PT negociou a cadeira na Serra. Ou seja, permanece com dois, com planos de ampliar no próximo ano.

Novo round
O embate entre o vereador de Vitória Leonardo Monjardim (Patri) e o ex-vereador Gilvan da Federal (PL), atual deputado federal, tendo como pano de fundo o processo de cassação de Armandinho Fontoura (Podemos), é mais um capítulo de uma disputa de território entre os dois, já analisada nessa coluna e existente desde que Monjardim assumiu a cadeira de Gilvan, cassado por infidelidade partidária.

Novo round II
Em março passado, registrei aqui críticas de Gilvan a Monjardim nas redes sociais, por conta de uma sessão solene em homenagem aos “patriotas e conservadores”. Na lista estava o próprio ex-vereador. “Não irei nem enviarei representante” e “não sento com quem não tem palavra e com traidor” foram algumas das frases espalhadas por Gilvan na ocasião ao seu eleitorado, formado pela extrema direita capixaba.

Novo round III
A polêmica agora, que também foi parar nas redes, foi a abertura do processo de cassação de Armandinho, com posição favorável de Monjardim, que é o corregedor-geral da Câmara de Vitória. Gilvan tem sido um dos principais defensores de Armandinho contra sua prisão. Mas Monjardim, desta vez, não deixou barato e acusou seu antecessor de “desqualificado” e de ter exercido um mandato vazio, restrito a brigas públicas.

Nas redes
“Tem gente muito preocupada com o PT nas eleições do ano que vem e não tira o nome do João Coser e nem o meu da boca! E é pra ficar preocupado mesmo…afinal, vai precisar correr muito atrás depois de dois anos de uma gestão encastelada, que não dialoga, não aceita críticas, que persegue e se vinga. O povo tá com saudade. E nem adianta vir com fake news (…)”. Karla Coser, vereadora de Vitória pelo PT.

FALE COM A COLUNA: [email protected]


Ou ganha, ou…

Coser, em Vitória, e Célia Tavares, em Cariacica: as boias de salvação do PT no Estado


https://www.seculodiario.com.br/socioeconomicas/ou-ganha-ou


Teste 2020

Dos 16 palanques do PT, só três fecharam alianças. A maior em Cachoeiro, com Joana D’Arck, Capitão Sousa (Rede) na vice, e o PCdoB


https://www.seculodiario.com.br/socioeconomicas/teste-2020

Mais Lidas