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Escudo versus vidraça: sob pressão e alvo de desgastes, Pazolini vai encarar a Câmara de Vereadores

PMV

Mais de seis meses depois e apenas sob pressão, o prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini (Republicanos), resolveu cumprir com sua obrigação e comparecer à Câmara para prestar as contas deste ano do mandato. A data, inicialmente, foi anunciada para esta sexta-feira (7), às 8h, mas modificada logo em seguida para a próxima quarta (12), horário das sessões, às 9h30. Com a troca, o prefeito impede a terceira “pancada” seguida no legislativo, em apenas uma semana, mas, ao que tudo indica, não suficiente para deixar de encarar, pela primeira vez, um clima hostil no legislativo, que manteve sob seu total controle até pouco tempo atrás. Isso se deve à debandada de lado de alguns vereadores e proximidade com o bloco de oposição, o que tem imposto desgaste a Pazolini, em ano pré-eleitoral, e que culminou, nessa segunda (3), com um pedido de impeachment por crime de responsabilidade e a suspensão dos seus direitos políticos por oito anos. A situação é suficiente para realmente cassar o prefeito? Numericamente, não. Mas não há como desprezar os impactos e os posicionamentos no processo, principalmente do presidente da Câmara, Leandro Piquet (Republicanos), ex-aliado fiel de Pazolini, que se descola cada vez mais, e a adesão do vereador Anderson Goggi (PP), até outro dia aliado e, inclusive, convidado para integrar o secretariado municipal. Os dois têm se somado aos movimentos da oposição, representada por André Moreira (Psol), Karla Coser (PT) e Vinícius Simões (Cidadania), que encurralam Pazolini contra a parede. Os efeitos imediatos dessa nova configuração serão logo testados, nesse tête-à-tête com o prefeito. A conferir, escudo versus vidraça!

Queda de braço
Os problemas de Pazolini na Câmara, para além do bloco restrito de oposição, começaram a ecoar após o veto ao aumento dos salários dos vereadores, que tinha o aval do prefeito. A medida, tomada sem diálogo, rendeu embate, polêmica e mais desgaste para o legislativo, devido à impopularidade do projeto. Assumiram posições mais incisivas, justamente, Piquet e Anderson Goggi.

Embasamento
Já o pedido de impeachment, que explodiu nesta semana, foi apresentado por André Moreira. Engloba, além da questão da prestação de contas, a falta de respostas a requerimentos de informação, indicações e respostas intempestivas e ainda atos de autopromoção com dinheiro público, em eventos promovidos na Capital.

Reincidente
A prestação de contas deste ano não é o único caso citado por André. O prazo para isso venceu na semana passada, sem qualquer manifestação de Pazolini. Mas tem, também, a de 2021, alertada na época por sua antecessora, Camila Valadão (Psol), hoje deputada estadual.

Pacote
No embalo, outra iniciativa de Goggi colocou a gestão no centro das pressões nesta semana, com a sabatina ao secretário de Cultura, Luciano Gagno, decorrente de denúncias de contratações irregulares. O processo andou, já há protocolos também no Tribunal de Contas, e, inevitavelmente, significa mais respingos para a prefeitura. O caso é complexo e cheio de nuances, que precisam ser esclarecidas. Gagno ainda não conseguiu.

Pacote II
Na mesma toada, Piquet não titubeou sobre o processo de cassação do mandato do aliado e voltou a criticá-lo. Serão os próximos capítulos desse choque com Pazolini, que, por ora, não dá sinais de se reverter. Pelo contrário, com a eleição de 2024, a tendência é não sobrar pedra sobre pedra.

Dia D
A primeira data da prestação de contas de Pazolini foi divulgada por Vinícius Simões nas redes sociais nessa terça-feira (4), informando de um documento enviado à Câmara. Nesta quarta (5), porém, sua assessoria comunicou o dia 12.

3 x 2
A propósito, Simões e André Moreira assumiram os lugares dos governistas Davi Esmael (PSD) e André Brandino (PSC) na Corregedoria-Geral do legislativo. Karla Coser (PT) também faz parte do colegiado. Da base, ficaram o corregedor-geral, Leonardo Monjardim (Patri), e Luiz Emanuel Zouain (Republicanos).

Sem surpresas
O plenário do Tribunal de Contas (TCE-ES) decidiu nessa terça-feira (4), por unanimidade, recomendar a aprovação das contas do governador Renato Casagrande (PSB), referentes a 2022. O relator do processo foi o conselheiro Carlos Ranna, que acompanhou parcialmente o relatório da equipe técnica. O parecer será submetido à Assembleia Legislativa, onde também não deverá esbarrar em grandes obstáculos.

Nas redes
“Fomos surpreendidos com a notícia de prisão de um servidor comissionado da Prefeitura da Serra, acusado de grilagem. Diante disso, determinamos a sua exoneração imediata e vamos colaborar amplamente com as investigações. Somos intransigentes e intolerantes com qualquer ato ilícito. Sérgio Vidigal (PDT), prefeito da Serra, sobre a Operação Grabbing, que mantém sobre sigilo os nomes dos investigados.

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Desacertos

Aridelmo participou da articulação com vereadores e pediu votos a favor do aumento dos salários. Na contramão, o veto!


https://www.seculodiario.com.br/socioeconomicas/desacertos

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