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Espaços na mesa

Com bala na agulha, PP e Da Vitória atraem lideranças de diferentes interesses e partidos. Quem dá mais?

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Com bala na agulha no mercado após filiações de peso e o resultado do pleito de 2022, somado às projeções para 2024 e 2026 já articuladas por seus líderes, o PP atraiu um tanto de político e partidos para a convenção que realizou nesse sábado (15), em Vitória, para oficializar o comando exercido pelo deputado federal Da Vitória. Além do presidente da Assembleia Legislativa, Marcelo Santos (Podemos), e do antecessor, Erick Musso (Republicanos), que têm feito movimentações casadas para esses projetos futuros, estiveram por lá, na mesa principal, o vice-governador Ricardo Ferraço (PSDB), hoje o nome cotado para a sucessão de Renato Casagrande. O governador foi representado pelo presidente estadual do PSB, Alberto Gavini, que tentou afastar qualquer vestígio do ruído registrado há pouco tempo e que chegou a sinalizar uma possível ruptura entre as duas legendas. Dois personagens de articulações recentes do PP também apareceram: o prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini (Republicanos), e o ex-prefeito da Serra Audifax Barcelos (sem partido), candidato em 2024. A previsão é que o PP agregue ao palanque de Pazolini e filie Audifax para enfrentar novamente Sérgio Vidigal (PDT). Do trio citado lá em cima, também não é novidade que Da Vitória e Erick estarão no páreo para o Palácio Anchieta e o Senado em 2026, tudo indica contra os planos de Casagrande, caminhada que começa agora, com a disputa municipal. Quer dizer, o clima festivo da convenção nada mais é do que demarcação de território e tentativa de acomodação na mesa, que terá o PP em uma das cadeiras de destaque. Depois, fechadas as alianças e as candidaturas, abre-se a temporada de abalos e terremotos. Sai da frente, que atrás vem gente!

Campo eleitoral
Outros prefeitos de municípios estratégicos da Grande Vitória participaram do evento, Euclério Sampaio (União), de Cariacica, e Wanderson Bueno (Podemos), de Viana. Os dois candidatos à reeleição.

Esperar para quê?
Na semana passada, a frente ampla de Euclério já tinha antecipado anúncio público de apoio do PP. Lideranças do partido estiveram por lá, no gabinete do prefeito, exaltaram “diálogos sobre os projetos no município”, e saíram exaltando a parceria.

Esperar para quê II?
Na comitiva, estavam Da Vitória, o também deputado federal Evair de Melo, e o ex-deputado Sandro Locutor, que disputou a prefeitura em 2020 pelo Pros contra Euclério. A briga por lá, como se sabe, só tem uma cotada ao páreo, a professora Célia Tavares (PT), reeditando 2020.

‘Tá on’
Thiago Peçanha, eleito prefeito pelo Republicanos e cassado em Itapemirim, sul do Estado, também bateu ponto na convenção do PP. Cheio de sorrisos, abraços e apertos de mão.

Foco de incêndio
Os movimentos do PP, só para lembrar, embora coeso com o Republicanos, também incluiriam o PL, dos bolsonaristas ferrenhos e opositores de Casagrande. Esse contexto foi um dos fatores do tsunami na relação com o governo registrado em maio. Passada a turbulência inicial, o discurso hoje, de Casagrande e Da Vitória, é de que nada mudou na antiga parceria. Sei…

Foco de incêndio II
A Capital também foi um dos pontos do conflito. Após reuniões entre Da Vitória e lideranças do Republicanos – Pazolini e Erick Musso -, que perduram, foi fechada a entrada oficial do PP na prefeitura, com a nomeação do vereador Anderson Goggi para a secretaria de Cultura. Mas ele não assumiu o cargo.

Não casa
Por falar em Vitória e no PL, a disputa à prefeitura fez mover mais uma peça, já prevista: Capitão Assumção. Também antecipado, ao que parece, para assumir posição diante do embate iniciado entre Pazolini e o deputado estadual João Coser (PT). O anúncio da candidatura mirou no prefeito e no Republicanos, o que confirma uma constatação que citei aqui ainda em maio, diante dessa possível trinca PP-Republicanos-PL. PP e Republicanos, tudo bem, já engatou! Agora o PL…difícil!

De novo
Confirmadas as três peças do tabuleiro, repete parte do cenário de 2020, quando Pazolini e Coser foram para o segundo turno. Já Assumção teve, na época, votação inexpressiva. Agora, vem de uma vitória à Assembleia com a marca de segundo mais votado, ao todo 98,6 mil! Embala?

Nas redes
“(…) O prefeito de Vitória está tentando cassar nosso mandato por causa de uma opinião que expressamos sobre ele em uma postagem em 2020 e que, segundo ele, desrespeitou a sua honra. Diante disso, a conclusão é: nosso mandato está cumprindo muito bem o papel de oposição (…) e isso claramente está incomodando o prefeito (…)”. Vinícius Simões, vereador pelo Cidadania.

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