Ex-deputado federal acusa senador em carta escrita na prisão após novos depoimentos à PF
Em carta escrita na prisão, onde se encontra desde fevereiro deste ano por ofensas aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e defesa do Ato Institucional nº 5 (AI-5), o ex-deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ) chamou o senador Marcos do Val (Podemos) de “palhaço”, ao negar planos golpistas com o parlamentar na presença do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em dezembro de 2022.
Ao depor na Polícia Federal (PF) na semana passada, o senador, que está licenciado até o dia 31, afirmou ter sido convidado por Silveira para uma reunião com Bolsonaro, para justificar a transmissão ao vivo pela internet, em fevereiro deste ano, na qual afirma que Bolsonaro tentou coagi-lo a “dar um golpe de Estado junto com ele” e gravar o ministro do STF e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, para anular o resultado do pleito de 2022.
Pouco depois da transmissão, Marcos do Val desmentiu sua própria fala e disse que Bolsonaro “só ouviu” o plano do ex-deputado federal, versão que manteve em depoimento à Polícia Federal. O senador apresentou pelo menos três versões diferentes para a reunião com o ex-presidente.
Silveira disse que levou o senador a Bolsonaro para uma conversa após insistência do parlamentar. Acrescentou que o senador queria falar com o ex-presidente porque tinha uma informação importante sobre o ministro Moraes, mas não especificou qual seria. Ele nega que o nome do ministro do STF tenha sido citado durante a conversa.
A carta
Intitulada “A verdade”, a carta do ex-deputado afirma: “Após audiência pública no Senado sobre ‘ativismo judicial’, retornei ao meu estado [ Rio de Janeiro]. No dia seguinte, por volta das 19h, Marcos do Val me ligou solicitando um encontro com o presidente. Estranhei o pedido, pois nunca havia tido contato com ele, salvo ao acaso no parlamento. Ele afirmou que tinha uma informação importante para passar ao presidente, contudo não passou o teor, oras, disse se tratar do Alexandre de Moraes, mas, não revelou nada a mim.
Na semana seguinte, o levei ao presidente, claro, após avisá-lo que Marcos do Val insistiu muito. O presidente o recebeu como qualquer outro parlamentar. A conversa durou pouco tempo, entre 10 min ou pouco mais, e peça que não me cobre que seja um cronômetro para marcar tempo de uma porcaria de reunião que se tornou um circo por conta de um palhaço.Palhaço este que inventou uma história que torna-se cada vez mais ridícula pelo óbvio. Nem o presidente, nem eu jamais havíamos visto o membro da Swat, CIA, FBI, Mossad e Tutti quanti, portanto, porque pediríamos a ele, logo a ele, uma idiotice desta? Só um idiota roxo acreditaria nesta baboseira! Ademais porque Alexandre de Moraes confessaria a ele, logo a ele, algo substancial que o incriminasse? Tem que ser um completo idiota para acreditar nesta história, e, fosse verdade, sequer existe crime.
Durante a famigerada reunião, Marcos do Val apenas elogiou o presidente e disse que lutaria no Senado pelas pautas conservadores. O nome do membro do STF sequer foi citado, salvo na ligação de que era sobre Alexandre de Moraes a informação.
Fim da história, arquive-se! Ps: Quem dá ideia para maluco…“