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‘Reajuste é discurso maquiado de reposição de perda inflacionária’

Projeto de Pazolini que garante reajuste de 7% para servidores foi aprovado nesta segunda na Câmara

O Projeto de Lei nº 157/2023, de autoria da gestão do prefeito Lorenzo Pazolini (Republicanos), foi aprovado por unanimidade na sessão desta segunda-feira (31) da Câmara de Vitória, garantindo reajuste de 7% para servidores do quadro geral, abarcando ativos e inativos. Apesar de o prefeito afirmar que o índice está acima da inflação do período de janeiro de 2021 a junho de 2023, alcançando 20,2%, o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Vitória (Sindismuvi) contesta. “É um discurso maquiado de reposição de perda inflacionária”, aponta a presidente da entidade, Waleska Timóteo.

Ela explica que a gestão desconsidera que, no primeiro ano, não houve recomposição e que os reajustes foram feitos sempre “de forma tardia”. A recomposição referente a 2020 deveria ter sido feita em janeiro de 2021, assim que Pazolini assumiu a gestão. Contudo, foi dado reajuste somente em julho de 2022, de 12,36%, de forma fracionada, metade em julho e outra metade em janeiro de 2023. Além disso, pontua Waleska, os 7% aprovados nesta segunda não são retroativos a janeiro.

Durante a sessão da Câmara, Karla Coser defendeu que, para recompor as perdas salariais, precisaria de um reajuste de 30%, levando em consideração a pandemia e a reforma da Previdência. Também defendeu a criação de uma mesa de negociação paritária para tratar da recomposição. A vereadora defendeu que na gestão do ex-prefeito João Coser (PT) as distorções foram corrigidas. Contudo, o mesmo não aconteceu na gestão de Luciano Rezende (Cidadania), assim como na atual administração, o que vem causando uma “bola de neve”.
“Reajuste é bom principalmente quando há ganho real de salário. Para isso é preciso recomposição salarial para restabelecer o poder de compra, defasado pelo acúmulo da inflação”, diz. Karla lembrou que a gestão municipal havia anunciado, por meio da imprensa, que o reajuste seria de 20%, sendo 10% em julho deste ano e outros 10% em janeiro de 2024. “Os servidores foram mais uma vez ludibriados por esse prefeito que gosta de fazer propaganda, mas não entrega o que prometeu”, criticou.
O vereador André Moreira (Psol) também fez críticas ao fato de que o índice anunciado não foi o previsto na lei. “O reajuste de 7% não recompõe nenhum valor daqueles que recebem menos de um salário”, afirma. Também destacou que o índice aprovado não é calculado sobre o piso não reajustado dos professores. De acordo o vereador, embora o piso do magistério seja de R$ 4,4 mil, o magistério de Vitória recebe 3,8 mil. Com o reajuste, vai para 4,1 mil.

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